Nem sempre damo-nos conta do que
de fato desejamos, ou simplesmente, os atropelos da vida nos levam a caminhos
que tais sonhos ficam pra traz. Foi assim que pensei quando depois de várias
tentativas não conseguia encontrar minha mãe.
Gostaria de iniciar esta matéria
ressaltando um pouco do histórico de minha vida. Nasci dia 12 de outubro de
1979, na cidade de Brasília, provavelmente deve ter sido no HRT – Hospital
Regional de Taguatinga. Minha mãe chamada Leude, da cidade de Turiaçu/
Maranhão, separada já tinha outros três filhos; minha chegada certamente não
foi em um bom tempo, ainda mais porque o meu pai era um sujeito piauiense
casado e com oito filhos.
Ocorre que depois de um relacionamento pouco
duradouro a gravidez de minha mãe serviu exatamente para por fim a tal
situação.
Depois que nasci minha mãe disse
por meio de uma carta que depois que eu nascesse viria deixar-me aqui no Piauí;
a resposta da carta foi dada pela esposa de meu pai que disse, que se isso
ocorresse, ela mesmo, se encarregaria de por um fim em minha vida.
De uma maneira totalmente inesperada
foi trazido para Parnaíba, e depois de pouco tempo conheci a família de meu
pai, sua esposa e eu ficamos amigos e ela acabou aceitando o filho de fora do
relacionamento...
Voltarei a relatar a forma como
vim parar aqui, minha mãe conheceu uma senhora de nome Luzia, com um casamento
de 15 anos e nenhum filho. Acabou que a amizade entre elas ressaltou no, meu
batismo e posteriormente, a senhora citada, virou minha mãe adotiva. Seu marido
a abandonou e ela vindo de Brasília trouxe-me consigo. Daí em diante, nunca
mais soube-se de noticias de minha mãe biológica.
Por inúmeras vezes chorei
imaginando que se minha mãe estivesse ao meu lado, poderia não estar passando
por certas situações, toda criança ou adolescente precisa de alguém, principalmente
sua mãe, ainda mais quando este tem uma forte característica que o diferencia
das crianças tidas como normais, no conceito social em. Por varias vezes
escrevi cartas a programas de televisão, fui também à cidade onde nasci em
busca de informações que me levassem a minha mãe, tudo foi em vão,
principalmente quando no hospital em que nasci, me informaram que todos os
registros de crianças nascidas de 86 pra traz haviam sido incendiados.
Minha última chance, acho, que era procurar minha
mãe por meio da internet. À três anos criei um Orkut, saí selecionando e
adicionando pessoas que nem conhecia, contei parte de minha história e quando
menos esperava consegui realizar o sonho que tinha como maior. Não acredito
muito que isto esteja sendo verdade.
Conversei com minha mãe por meio de um telefone
deixado por uma amiga da filha de um irmão de minha mãe. Hoje ela tem 67 anos
vive paralitica devido a uma queda; mora
com um de seus filhos. Nesse feriado tinha quase tudo par nos encontrarmos, não
deu certo, mesmo assim fiz questão de estar contando minha história para que
sirva de exemplo. Cada um de nós, precisamos que nos contem uma historia boa, para
que renasça em nós a esperança de que uma determinada situação possa vir ser
mudada, torcendo que para melhor, é claro.
Edição Blog do Pessoa
Boa sorte pra vc, e que esse encontro seja o mais breve!!
ResponderExcluire eu com isso?
ResponderExcluireste segundo anônimo é um babaca, fica brincando com o sentimento alheio, com certeza deve ser uma pessoa mau resouvida ou talvez infeliz.
ResponderExcluirazar seu!!!
ResponderExcluirPessoas desse tipo c/ certeza já passaram por experiências não muito boas e não souberam lidar c/ isso.E vc rapaz boa sorte quem cuidou d vc c/ certeza lhe passou muitos ensinamentos bons.
ResponderExcluirAchei muito bonita sua história. Isso prova que vc é uma pessoa sensível e ama de verdade. Prova também que o amor de filho e mãe é incondicional. Desejo um feliz encontro com sua genitora e saiba que eu lhe admiro muito. Primeiro pela coragem de partilhar conosco uma história que lhe trouxe muito sofrimento,depois pela sua persistência em buscar o amor maternal e ainda por saber perdoar as angústias que está situação lhe causou. Parabéns!
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