Repensando o turismo piauiense

O Piauí possui uma generosa geografia capaz de alavancar o Estado. Tem vocação turística?  Sim. Tem condições de ingressar de forma permanente no seleto grupo de destinos turísticos nacionais e internacionais? Sim. Digo que este turismo, nos moldes atuais, jamais se sustentará. Desde já é preciso partir da teoria rumo à práxis.  Não se faz turismo sério apenas pela exposição de belas imagens; pela via do marketing midiático; pelo discurso pronto dos atores sociais envolvidos; por infindáveis projetos que esbarram na peculiar burocracia de nosso país.

“Antes tarde do que nunca”, é preciso "arregaçar as mangas", capacitar gente, desde o caranguejeiro até o mais alto cargo das gestões públicas e privadas. Outros pontos cruciais: dotar regiões de modernos sistemas de transporte; aperfeiçoar as redes urbanas com: asfaltamento; rede hoteleira; comércio vigoroso; rede hospitalar; revitalização dos patrimônios histórico, cultural e natural. Enfim, tudo o que diz respeito ao Setor Terciário da Economia pertinente à produção turística. Teresina e Parnaíba são as principais portas de entrada de gente de fora. São núcleos centrais do Estado que carecem de revisão da estética urbana; são os cartões de visita. Para efeito de comparação, pesquisei o movimento de passageiros (entrada e saída) nos aeroportos de Fortaleza, São Luiz, Teresina e Parnaíba. Eis os números lançados na planilha estatística da INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – ano 2009. (FOR.4.211.651);(SLZ.984.756); (THE.557.798); (PHB.2046).

Conclusão: É evidente que os números, em cem por cento, não indicam exclusivamente a mobilidade de pessoas em busca de turismo, mas, um percentual é proporcional aos atrativos regionais.

ANTÔNIO PEREIRA DE ARAÚJO – PROFESSOR DE GEOGRAFIA