22 de mar. de 2011

A ESTUPIDEZ HUMANA


O Japão, geologicamente falando é uma ilha vulcânica dos domínios dos Dobramentos Modernos, produto de colisões entre placas tectônicas, um país com algo em torno de 65 vulcões ativos. A ilha nipônica está localizada em uma região chamada de Círculo do Fogo do Pacífico região, assim denominada, por ser a área do planeta onde ocorrem 80% da atividade sísmica. Com tais adversidades os japoneses souberam adaptar-se aos constantes terremotos seja na construção civil seja nos meios de prevenção contra catástrofes. O terremoto e a tsunami que varreu o nordeste do Japão provou que a natureza é implacável, mesmo com tantos cuidados para minimizar seus efeitos, ainda assim deixou um rastro de morte e destruição. Como se não bastasse tal catástrofe, estamos na iminência de assistir outra catástrofe, esta, provocada pelo homem. Em uma situação já ruim, como o homem pode ainda piorá-la? Refiro-me as usinas nucleares de Fukushima prestes a entrarem em colapso (devido ao terremoto) e espalharem radioatividade no país e no exterior. Até que ponto chegamos? Quão ignorantes somos. Por que os políticos japoneses permitiram esse tipo de energia se instalasse em uma ilha altamente instável do ponto de vista geológico? Por quê? Por que cidadãos anônimos naquelas usinas nucleares, na ânsia de resfriar os reatores, ao todo vinte voluntários, terão que pagar com suas vidas abreviadas pela radioatividade por um erro eminentemente político? Será que os japoneses não aprenderam a lição pós-Hiroshima quando a radioatividade ceifou vidas e deixaram milhares de pessoas com anomalias físicas?


                                                    Prof. Esp. Jean Carlos Costa Soares                                                                         Geógrafo
Edição Blog do Pessoa 

8 comentários:

  1. Caro professor, vindo de V. Sª., causa-me estranheza. Hoje abandonar a energia nuclear é impossível. Muitos países dependem altamente dessa, como a França. Outro fator é que esse tipo de energia é muito mais limpo e causam menor impacto ambiental que usinas termelétricas e hidrelétricas por exemplo. Deve-se sim pensar em outros meios mais seguros de geração energética, a longo prazo. A curto prazo deve-se investir na segurança nessas usinas, pois descartar a energia nuclear é uma medida precipitada e irrealizável no mundo atual! Já imaginou se no Japão, no lugar de usinas nucleares fossem hidrelétricas? Fatalmente haveriam se rompido e o número de mortos seria bem maior. O ponto crucial da discussão reside não no tipo de energia, mas o que causou o vazamento: TERREMOTO + TSUNAMI.

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  2. O Japão possui um recorte espacial limitado. O problema de extensão geográfica, aliado à peculiar fisiografia, dificulta o manejo de atividades desde as mais elementares como a agricultura.A probabilidade de desastres naturais é enorme e homogênea ao território. A questão da energia nuclear é grave, mais o país não pode abrir mão desse recurso. Ora, se num país moldado pela atividade sismológica, provavelmente nenhuma região está livre dos processos geodinâmicos. Seria como transferir o problema, hoje da ilha onde se localizam usinas, pra outra área.

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  3. Pouquíssimos países podem se orgulhar de ter em seus territórios a abundância de recursos hidrícos, aliada a geomorfologia que propicia à geração de energia hidroelétrica. O Brasil tem pensado na questão nuclear, mas provavelmente ainda terá muito a usufruir das fontes energéticas geradas pela generosa água.

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  4. Caiçara, entendo seu posicionamento,ressalto que não há estranheza de minha parte.Primeiro: a França e demais países europeus, por conta de sua geografia peculiar não dispõe de terrenos acidentados que propiciem a quedas d'águas (salvo regiões dos Pirineus, Alpes e Cárpatos) como o nosso, para geração de enegia elétrica. Países como Austrália, Rússia, China, Canadá, Estados Unidos e Brasil, que coincidentemente, são nações de grande extensão territorial, dispõe de relevo propício á demanda por hiderelétricas por serem países de planaltos predominatemente. Segundo: discordo de seu posicionamento parcialmente. Existem sim, tecnologias viáveis de substituição da energia nuclear,o que falta é vontade política, é bem verdade que, no caso dos países europeus,como a geografia não ajuda em estabelecer usinas hidroelétricas,a energia nuclear foi uma opção para eles mas, hoje, a UE está revendo seu posicionamento quanto á questão nuclear. Ademais as usinas hidroelétricas causam um impacto na natureza? Pode ser, pois haverá um alagamento no local do represamento de um rio condenando o solo,fauna e flora local. Tudo bem, mais as hidrelétricas é um tipo de energia também LIMPA? sim. Compensa? deixo a resposta com você. A energia nuclear é limpa, claro, sem dúvida, até que, por erro humano (comum de acontecer) e catástrofes naturais, esse tipo de energia seja um problema da mais alta gravidade e que afeta não só o país onde está localizado, em caso de vazamento, mais sim o mundo inteiro, que não sei se você sabe, vivemos em uma única casa que dentro dele acontece diversidades de intempéries que podem espalhar radiotividade há quilômetros. Terceiro: Nunca sugeri usinas hidroelétricas no Japão, assim como não concordo o estabelecimento de usinas nucleares em uma área de alto risco como o arquipélago japonês, aliás, não concordo em hipótese alguma com qualquer tipo de energia nuclear no mundo. É por causa dela que há um equilíbrio vergonhoso de barganha política (entenda-se por ameaças subterrâneas) de países dito democráticos e países á margem da lei. O que está acontecendo no Japão é uma lição pra todo o mundo inclusive para nós brasileiros que dispomos de tal artefato. Sou adepto da energia nuclear ZERO no mundo.

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  5. A questão Hiroshima não foi um acidente, e sim um ataque nuclear dos Estados Unidos, e muitos acreditam que desnecessário. Sobre a segurança dessas usinas, agora estão revendo projetos, mas a natureza tem um poder de força desconhecido e ainda não medido. O mundo do futuro será uma mina de usinas nucleares, muitas defasadas e a favor do bem, e muitas a favor do mal. Tem uma frase na Bíblia que diz assim: O homem caminha para a sua própria destruição! Na modernidade, nossa casa já é um abrigo de radiações. TV, rádio, celulares, microondas, computador, internet (wireless), e etc. Some-se isso a outros fatores externos, como por exemplo,torres de transmissão e também redes elétricas aéreas de alta tensão muito próximas de residências. Seria bom não ser verdade, mas do jeito que vão as coisas, a corrida louca para produzir cada vez mais radiações, em terra, mar e ar, é muito preocupante. Se o mundo não pode sobreviver sem a radioatividade, os humanos sobreviverão ao seu poder fatal se algo um dia der errado? Eis a pergunta.

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  6. Concordo em gênero, número e grau com o Senhor Caiçara. Pessoas sem ou pouco conhecimento em relação às leis da natureza tendem a polemizar, cair na histeria e profetizar o fim do mundo. Por exemplo, um viajante de avião no vôo de São Paulo a Nova York absorve mais radiação do que uma pessoa que fica nas imediações da usina atômica avariada de Fukushima. É a mídia que perpetra sensacionalismo.

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  7. De acordo com Jean-Jaques Rousseau, filósofo francês, os seres humanos no estado de natureza são naturalmente bons e os maus hábitos são produto da civilização corrompida. Ou seja, o ser humano hoje, assim como no passado, volta-se para a ambição/cobiça e o medo. Pessoas são pessoas e a natureza humana é previsível! Elas respondem a estímulos e incentivos e ainda acreditam nos antigos valores. E destes os princípios são logicamente a AMBIÇÃO/COBIÇA e o MEDO.
    Enfim, nada de novo debaixo do sol!

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  8. energia nuclear ou seja energia de fissão nuclear. isso ja devia ser passado nos deviamos ja era estar usando energia de fusão ai sim nos teriamos tecnologia falar em radiação isso esta presente em nossa vida quando vc entra em um laboratoria vc ja esta contaminado vamos quero viver para ver a evolução!!!!

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