Pronto Socorro Municipal |
ÓRGÃO MUNICIPAL:
Sábado
(dia 15.01.11.) por volta das 19 horas e 30 minutos, estava em uma
festa de Bodas de Ouro de um casal amigo, no bairro Tabuleiro, quando
fui chamado rapidamente por amigo para ver a situação de uma criança que
estava passando mal, observado a criança de 12 anos, que andava na
companhia de seu avô, observei que se tratava de uma possível alergia a
algum alimento que ela tinha ingerido, pois ele estava todo empolado,
com os olhos inchados, vermelhos e lacrimejando, rapidamente peguei um
carro e o levei ao Pronto Socorro Municipal, lá chegando achei estranho,
poucas pessoas, a luz da recepção desligada, a enfermeira chefe estava
na porta, a cumprimentei e fui explicando a situação daquela criança,
que por sinal estava muito cansada, por vez a enfermeira me comunicou
que o médico de plantão encontrava-se doente, não podendo as
sim comparecer ao trabalho, e que infelizmente não tinha médico para
atender as pessoas e de imediato pediu que eu me dirigisse ao HEDA
(Hospital Estadual Dirceu Arcoverde), mas resolvi questionar sobre esta
questão de se tratar de um Pronto Socorro Municipal onde é um serviço
que trata da saúde (muita das vezes num estado de urgência) das pessoas,
é um serviço essencial, por que não foi providenciado a substituição
deste profissional para que o pronto socorro não ficasse sem poder
atender as pessoas? De pronto ela respondeu que médico também adoece, e
que não podia fazer nada! Ora, sabemos que todo ser humano pode vir a
adoecer, lógico, mas o que não se concebe é o fato de um médico de um
pronto socorro municipal faltar o serviço seja por qualquer motivo e não
ter nem um outro para substituí-lo, estamos falando de saúde, de
pessoas que saem de suas casas no intuito de resolver este problema
neste órgão, já revoltado, me virei para esta enfermeira
e disse: “isto é um caso de polícia!”, uma boa parte das pessoas que lá
estavam levantaram as vozes e concordaram com o meu posicionamento.
ÓRGÃO ESTADUAL:
Já
que não logramos êxito no pronto socorro municipal saímos em retirada
para o HEDA, lá chegando podemos presenciar o retrato da saúde em nossa
cidade, se você quer ter uma idéia de como é o inferno na terra, vá ao
Hospital Dirceu Arcoverde, tinha para mais de trinta pessoas esperando
numa fila para o tal do “acolhimento”, fora a fila do atendimento,
criança vomitando, homem com a cabeça quebrada, outro esfaqueado, um com
o rosto todo inchado, uma senhora revoltada queria entrar para ver sua
irmã e foi barrada pelo porteiro, ela xingou, gritou acabou indo embora,
e ambulância chegando, não tem cadeira suficiente para as pessoas
sentarem, muita delas ficam no chão, quando não caem, ou desmaiam (neste
momento eles arrumam uma maca), tanto foi a demora que pelos poderes de
Deus a criança que estávamos tentando o atendimento
foi ficando melhor, ela estava sentada no chão, pois apresentava um
pouco de cansaço, sempre estava eu observando e falando com ele, pedi
para ele sentar lá fora, pois era mais arejado, fora daquele tumulto,
depois fui observa-lo e percebi que tinha desaparecido as manchas em seu
corpo, e que seus olhos estavam normais, falei com o avô dele, a
criança disse para nós que se sentia melhor e queria sair dali, com a
autorização de seu avô fomos finalmente para casa. Resumindo a saúde
pública estadual também está um caos, encontra-se do mesmo jeito, não
tem administração, pessoal totalmente despreparado, ignorante, sem
compromisso, estrutura péssima, e ai como fica o cidadão pobre que não
pode pagar por um atendimento? Corremos para o hospital estadual porque o
pronto socorro municipal não tem médico, chegamos no HEDA está aquele
inferno, é triste esta situação do parnaibano, o que dirá um turista!
AINDA ÓRGÃO ESTADUAL:
Está
com dois finais de semana que solicito o serviço da “briosa Policia
Militar do Piauí”, através do 190, que diga-se de passagem fui muito bem
atendido, o serviço solicitado através do 190 foi sobre “perturbação do
sossego público”, ou seja Lei do Silêncio, para melhor explicar uso de
carro de som em via pública acima do volume permitido pela Lei. Pois
bem, liguei uma vez solicitando a policia para que tomasse as
providências cabíveis em relação a um carro de som, que por sinal tocou
de 09 horas da manhã até às 09 horas da noite, ou seja 12 horas de muito
som! No primeiro final de semana recebi a informação do policial que
eles dispunham de poucas viaturas para muito atendimento e “ia ver se
encaixava em uma dessas ocorrências que coincidisse com a área na qual
eu estava localizado para poder passar lá e resol
ver esse problema”, a pergunta é a seguinte ele resolveu? A resposta é
NÃO! E o mais revoltante é que uma viatura passou com o giroscópio
ligado ao lado do carro de som e nem ligou. Da outra vez solicitei
novamente sobre o mesmo problema, em um domingo pela manhã o serviço da
policia militar através do telefone: 190, fui muito bem atendido, só que
o policial falou que disponibilizaram somente 20 litros de combustível
para as viaturas e que iria tentar novamente encaixar a minha
solicitação em outras reclamações desde que, esteja próximo a minha
área. Resumindo toda esta história não fui atendido em nenhuma destas
duas reclamações. Como fica a situação de um cidadão parnaibano que
precisa de órgãos públicos baseando-se nos seus direitos querendo que as
coisas funcionem corretamente? Estou preocupado com a implantação do
“Ronda Cidadão” em nossa cidade, pois se tem 20 litros de combustíveis
para todas as viaturas existentes em nossa cidade,
o que dirá quando chegar a estrutura deste projeto, pois creio que os
20 litros será mais dividido ainda, pois irá aumentar o número de
viaturas.
ÓRGÃO FEDERAL:
Devido
ao inicio das aulas fui até o PROCON de Parnaíba para solicitar junto
aquele órgão a lista de materiais escolares que foi permitido a compra,
só que um funcionário me apresentou uma lista de 2008, ou seja,
totalmente ultrapassada, perguntei pelo juiz daquele órgão, o
funcionário me informou que tinham nomeado um novo juiz, mas ele entrou
de férias em janeiro, sendo que, nem assumiu ainda aquele órgão. Mas,
procurei me informar através de pesquisa sobre a Lei Ordinária N° 5.871
de 20 de julho de 2009, aprovada pela Assembléia Legislativa do Piauí,
disponível no site: www.legislacao.pi.gov.br, no sistema de Legislação do Esta
do do Piauí.
Portanto,
caro Carlson este é o retrato do cotidiano de um cidadão brasileiro que
tenta a todo custo colaborar com o desenvolvimento de um país, através
de seu estado e seu município, mas que ao solicitar um serviço de
qualquer um desses órgãos se sente um verdadeiro LIXO, pois é
parcialmente DESRESPEITADO, quando na verdade não é atendido, sabemos
que todos estes funcionários são pagos indiretamente por nós
brasileiros, mas que mesmo pagando não temos o direito de usufruir
destes serviços essenciais em nossas vidas. Mas, posso entender também
que um dos maiores problemas do nosso país é de ordem CULTURAL e está
inteiramente ligado a nós brasileiros!
Abraços,
Senhor Fernando. Os fatos relatados por vossa senhoria constituem a mais pura realidade por que passam os brasileiros. A culpa é de quem? Pois agora mesmo vivenciamos uma transição presidencial e o que nos foi passado é que tudo se encontra muito bem. O ex-presidente Lula atingiu recordes de popularidade, sua sucessora foi vitoriosa esmagando o segundo pretendente. Quase a totalidade dos brasileiros, segundo pesquisas, adoraram o governo do molusculo. Conclui-se então caro Fernando, que tudo está mediante a nossa vontade e PRONTO!!!!
ResponderExcluirParabéns ao Senhor Fernando Martins pela coragem de assinar seu excelente artigo.
ResponderExcluirMuito se ouve dizer que o país está desordenado por culpa do governo. Constato que isto é só conseqüência. Afinal, de quem é a real culpa?
Partindo do princípio de que a culpa é dos políticos (como adoram dizer), então a maior parcela de culpa quem tem são aqueles que neles votam, pois se habitamos um país em regime democrático, elegemos aqueles que irão administrar nosso território e tributos.
Para falar a verdade, os brasileiros vem sofrendo um sério problema de perca de identidade cultural, além do crescimento desordenado da falta de educação e da omissão com seus semelhantes. Podemos ter como exemplo os "protestos", que mais se assemelham a atos de desrespeito de qualquer natureza como o ator relatou.
Segundo Valvim M. Dutra, autor do Livro Renasce Brasil, os atuais problemas brasileiros têm como causa duas grandes raízes. Se conseguirmos combater essas duas raízes, os demais problemas, inclusive os crônicos, serão resolvidos por si só, de forma automática e gradativa.
As duas raízes que precisamos combater são:
1º - Excesso de liberdade (Libertinagens e desrespeito familiar).
2º - Falta de transparência na gestão pública e nos impostos em geral.
1º - Excesso de liberdades (libertinagens) - Esta questão é muito importante porque, em qualquer sociedade, é o comportamento dos cidadãos que determina a qualidade de vida que a nação terá. É verdade que o ser humano também é fruto da sua herança genética. No entanto, o fator que mais influencia o comportamento dos seres humanos é a educação que recebe, seja dos pais, seja do ambiente em que vive, seja da escola, etc... A educação (formal e informal) tem o poder de induzir as pessoas a se tornarem honestas, ou desonestas - respeitadoras, ou desrespeitadoras - prudentes, ou imprudentes - trabalhadoras, ou preguiçosas - corretas, ou espertinhas - decentes, ou indecentes - fiéis, ou infiéis - etc... Portanto, a conduta humana (atualmente fortemente influenciada pelos veículos de comunicação) é a principal responsável pelos resultados sociais e econômicos de uma nação.
2º - Falta de transparência na gestão pública e nos impostos - A atual política de impostos embutidos (“invisíveis”), impede que o cidadão comum conheça o verdadeiro contribuinte do sistema tributário brasileiro. Esse desconhecimento mantém a sociedade muito passiva mesmo diante das inúmeras injustiças sociais vivenciadas ano após ano. O dia que o cidadão comum descobrir como funciona, de fato, o processo de recolhimento de impostos no Brasil, vai perceber então que o próprio sistema é o causador da maioria dos problemas brasileiros.
SR. FERNANDO, O QUE O SR. DISSE É A MAIS PURA REALIDADE. AQUELE HEDA É UM INFERNO, E DIZEM QUE ESTÁ TUDO BEM.
ResponderExcluirPERDI A CERCA DE DOIS MESES UMA SOGRA, QUE ENCONTRAVA-SE COM DISBETES ELEVADA E ACABOU MORRENDO NO MESMO DIA, POIS NÃO TINHA MÉDICO PARA ATENDÊ-LA, POIS NÃO ERA SOMENTE A SUA TAXA DE DIABETES, MAS A FAMILIA ACHOU QUE ELA TINHA TAMBÉM ALGUMA INFECÇÃO. UM SR FUNCIONÁRIO DO HOSPITAL, ME DISSE APÓS O FALECIMENTO DE MINHA SOGRA QUE LÁ NO HEDA É UM CASO DE JUSTIÇA,POIS TEM MORRIDO MUITA GENTE QUE PODERIA A MEDICINA SALVAR E ACABA MORRENDO SEM O DEVIDO ATENDIMENTO.
NESTE FINAL DE SEMANA, MAIS ESPECIFICAMENTE LEVEI A MINHA CUNHADA COM SUA FILHINHA QUE PASSAVA MUITO MAL, COM VÔMITOS DIÁRREIA E DESMAIOS E A CRIANÇA DE 02 ANOS NÃO FOI ATENDIDA, PQ O MÉDICO DE PLANTÃO, APESAR DE SER XLINICO GERAL ( SEXTA FEIRA A NOITE DIA 14/01/2011), DISSE QUE NÃO ATENDIA CRIANÇA.
E O HOSPITAL RECOMENDOU PROCURAR UMA CLINICA PARTICULÇAR, SE A MINHA CUNHADA NÃO TINHA DINHEIRO NEM PARA O MEDICAMENTO, QUANTO MAIS PARA PAGAR MÉDICO.
É VERDADE A SAÚDE PÚBLICA AQUI TÁ UM CAOS.
SOS PARNAIBA
JUSTIÇA VAMOS PROCURAR TOMAR AS DEVIDAS PROVIDÊNCIAS.
Amigo, você relata que a PM passou ao lado do carro baderneiro e não fez absolutamente nada. É isso mesmo, cidadão, você viu com seus próprios olhos e portanto tem a prova de que o Estado é ausente a situações como essas. A partir daí você deve ter confiança em que, ou em quem? Quanto ao restante dos órgãos onde não se tem também um atendimento adequado, ou atendimento nenhum, fica a dor de saber que estamos pagando quem não trabalha a contento nesses órgãos, seja lá por que motivos sejam. Esse é o descaso total, a calamidade e a decadência do sistema que tanto nos sacrifica, prometendo-nos a solução dos problemas, coisa que já parece contos de fada. A sua história é de todos nós, e de todos os dias. O que acontece é que talvez somente 0,001% relata esses absurdos que acontecem nessa cidade e nesse estado.
ResponderExcluirSó existe uma solução:Mudarmos para Petrópolis, Teresópolis ou Nova Friburgo. Lá é chic e bom demais, ou nâo?
ResponderExcluirÉ muito babaca um cabra desse.
ResponderExcluirIronizar não é o caminho, Anônimo de 18 de janeiro, 09:12. Cruzar os braços e deixar que as coisas erradas continuem a acontecer é típico de quem não se mobiliza em prol do irmão, do próximo, e é portanto inútil em nosso meio. Então, pra esses tanto faz estar aqui como estar onde o caus castiga. Desde já devemos sim tentar evitar consequências indesejáveis, que podem afetar a todos, sem distinção, inclusive você e sua família. Devemos nos juntar e tentar consertar certas coisas, e devemos também aprender a ouvir e dar vez à nossa consciência.
ResponderExcluirPrezado Senhor Anônimo de 18 de janeiro de 2011 09:12. Fazer comparações com situações piores significa DESEJÁ-LOS.
ResponderExcluirO problema de Rio tem as semelhantes raízes de Parnaíba: A IGNORÂNCIA E O POPULISMO!
Leia: Sucesso funesto da ignorância e do populismo. Dia 4 de abril, o ainda deputado Gabeira desabafou em seu blog:
"O Morro do Bumba foi urbanizado. Uma caixa d'água desceu de helicóptero, no governo Brizola. Depois disso veio luz, creches e até o IPTU para ser pago mensalmente. Na verdade, o destino do Bumba foi o destino de todas as favelas, começou o DESORDENAMENTO. A montanha era de lixo que se decompõe em chorume que se volatiza em metano, e a BOMBA, mais cedo ou mais tarde, explodiria.
Será que isto foi um marco ou se alguém ocupar as margens de vulcão teremos políticos propondo urbanização da área? Agora apareceu a solução mágica: remover. Mas para onde, com que casas, que saneamento, que transporte? Políticas aparecem, com nomes pomposos, como PAC, Minha Casa Minha Vida. Mas, na hora do vamos ver…
Como se vê na observação de Gabeira, aqui no Brasil, há anos os POLÍTICOS POPULISTAS EM TROCA DE VOTOS, incentivam urbanização em áreas de risco; e no caso do Morro do Bumba, até caixa d'água desceu de helicóptero... E como disse Gabeira, “depois vieram luz, creches e até IPTU” para uma população empurrada para a encosta da MORTE. O que dizer? Não sei. No entanto, com certeza, nos próximos verões, em qualquer outra área de risco deste País, vamos chorar e rezar de novo.
Nós funcionarios do heda, sentimo-nos constrangidos em não podermos realizar um atendimento digno aos que procuram aquela instituição, pois entendemos que o HEDA somos nós funcionarios, independentemente de qual governo ou de quem esteja na direção,apesar de sofrermos duplamente a pressão; de um lado, nossos "superiores", do outro, a grande massa populacional que não tendo opção vai à procura dos nossos "maus" serviços; sem enteder que ali tb vai encontrar profissionais seres humanos sobrecarregados, mau pagos, com condições de trabalho minimas e muitas vezes doentes, como eles.Sabemos q ninguém liga e q algumas vezes isso não vem ao caso, sem querer justificar, pois tb sabemos que existe maus profissionais,poucos, como em qualquer outra área; mas da próxima vez que for ao HEDA, por favor, se der, preste atenção com um pouco mais de carinho nos profissionais que lá trabalham.
ResponderExcluirÉ o que nos resta!
Arranja uma bolsa-família pra esses que só sabem reclamar (e reclamam por pouco) e fazer politicagem barata , que tá resolvido o problema. Ou, então, como já disse o anonimo acima:vão morar na região serrana do Rio; é a Suíça brasileira, todos vão gostar...
ResponderExcluirO que o Anônimo de 18 de janeiro de 2011 17:04 disse é uma ofensa a Suíça. País que brilha organizado, inverso ao Brasil que sufoca na desordem generalizada por causa de seus políticos incompetentes e corruptos. Salvo raras exceções.
ResponderExcluir"Você já viu algum político em fila de hospital?"
ResponderExcluirÉ mais fácil ver: leite de onça, cabeça de bacalhau etc.
Em suas promessas de campanhas, os candidatos, colocam "a saúde e a educação" em primeiro plano (o que é certo de fato), porém, a maioria, esquece de priorizar estes dois aspectos, quando são eleitos.
A culpa é única e exclusiva deles?
Não!
O brasileiro, como geral, não lembra nem em quem votou, nas últimas eleições, porque a única arma contra estes parasitas (o voto) foi trocado por um "favor" dado por um político bom ( bom, para a família dele). Para toda ação tem uma reação. Como podemos exigir destes políticos compromisso com a saúde, por exemplo, se nós trocamos o nosso voto por favores?
A saúde não funciona em nossa cidade, esta é grande verdade. O Hospital Dirceu, ficou muito pequeno para tão grande demanda. O nosso SAMU, só tem nome de serviço de urgência porque atendimento de Urgência, não tem de fato.