Radicado em Brasília desde 1962, Jofran Frejat foi secretário de Saúde do DF por 12 anos. Veja seu perfil.
O site do jornal Correio
Brasiliense publicou neste domingo o perfil do médico piauiense Jofran
Frejat, natural de Floriano, candidato a vice-governador do Distrito
Federal na cbapa encabeçada por Weslian Roriz. Ele é pai do compositor
Roberto Frejat, músico fundador da banda Barão Vermelho. Veja abaixo:
Foto: Agência Brasil
O médico Jofran Frejat (PR), 73 anos, é
um dos mais tradicionais políticos do Distrito Federal. Piauiense,
radicado em Brasília desde 1962, ele ficou conhecido pelo trabalho ao
longo de 12 anos como secretário de Saúde. Aliado de Joaquim Roriz
(PSC), Frejat trilhou os primeiros caminhos na vida pública há três
décadas, no governo de Aimé Lamaison, quando estreou como comandante de
um setor que hoje é considerado o grande problema a ser solucionado na
capital do país. Nessa seara, Frejat é uma referência. Em suas gestões,
valorizou o profissional e o atendimento público. É um crítico da
privatização dos serviços.
Antes de chegar a Brasília, Frejat
viveu no Rio de Janeiro, depois de deixar Floriano (PI), na juventude.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) e depois fez pós-graduação na Universidade de
Londres, quando especializou-se em oncologia e cirurgia-geral. No DF,
foi diretor do Instituto Médico Legal, onde conquistou o respeito de
servidores da área da segurança pública. Parte dos profissionais mais
antigos que o conheceram na década de 1970 eram seus eleitores, assim
como médicos e profissionais da rede pública com quem conviveu como
chefe da Unidade de Cirurgia do antigo Hospital da L2 Sul.
Nos primeiros anos como secretário de
Saúde, cargo exercido em quatro oportunidades (1979 – 1983), (1991 —
1992), (1994) e (1999 — 2002), Frejat era visto antes do amanhecer
fiscalizando pronto-socorros e centros de saúde, muitos dos quais
inaugurados por ele. Frejat sempre valorizou a medicina preventiva como
forma de esvaziar os hospitais públicos. O currículo na área de saúde
foi o cartão de visitas para que Frejat fosse o escolhido para vice de
Roriz. A intenção do grupo é justamente ter na chapa um homem que
pudesse se contrapor à campanha de Agnelo Queiroz (PT). O petista também
médico da rede pública do DF, garante que vai sanear o setor e combater
o câncer da corrupção no DF.
Frejat também deu à chapa de Roriz um
tom ético, uma vez que o político nunca teve o nome associado a grandes
denúncias em cinco mandatos como deputado federal. Ele também teve uma
passagem como secretário-geral do Ministério da Previdência e
Assistência Social, entre 1983 e 1985, no governo de João Figueiredo.
Durante meses, foi o ministro em exercício. O passado sem escândalos fez
de Frejat um coringa na política candanga, tendo sido inclusive
cortejado pelo próprio Agnelo como parceiro preferencial.
Apesar da aliança com Roriz, Frejat
não é considerado um companheiro em quem o ex-governador entregue de
olhos fechados sua própria ambição política. É por esse motivo que o
ex-secretário de Saúde, político que só perdeu eleição uma vez, na
disputa ao Senado em 2002, sempre foi considerado no meio rorizista o
plano B em caso de impossibilidade de Joaquim Roriz permanecer na
disputa ao GDF. Para o ex-governador, ele não era o primeiro da fila.
Roriz preferiu entregar à mulher seu espólio eleitoral.
Frejat foi consultado para ser alçado a
primeiro da chapa naquela manhã, de 24 de setembro, depois do impasse
no Supremo Tribunal Federal (STF), quando o resultado do julgamento
terminou empatado sobre a possibilidade de Roriz estar ou não inelegível
nestas eleições, com base na Lei da Ficha Limpa. O deputado federal
sabia que não era o candidato in pectore de Roriz. O nome da preferência
do ex-governador era Weslian. Frejat sugeriu que a chapa fosse
encabeçada pela ex-primeira-dama. Para o público externo, a sugestão
partiu do vice.
Nas cinco décadas como médico e
político, Frejat construiu um patrimônio razoável. À Justiça Eleitoral,
declarou ter R$ 5,3 milhões em bens. Mas cultiva um hábito inusitado.
Declara manter em casa altas quantias em dinheiro. Em 2006, declarou ter
R$ 1,3 milhão fora do sistema financeiro. O valor baixou em 2010 para
R$ 250 mil.
Fonte: Correio Brasiliense
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