Gerson
Castelo Branco, arquiteto parnaibano que projetou o Potycabana |
Ele é
o um dos mais proeminentes arquitetos piauienses vivos. Gerson Castelo
Branco, que nunca frequentou a faculdade, completa 40 anos de arte
através de uma arquitetura autodidata que procura usar o entorno como
elemento.
Em
prol da sustentabilidade, da criatividade e da divulgação do nome do
Piauí, ele segue em atividade como um dos mais requisitados arquitetos
do mundo.
Gerson
esteve em Teresina para lançamento de um número da revista Mercado do
Imóvel, em que estampava a capa. Na oportunidade, deu entrevista ao
jornal O Dia. Falou sobre a profissão, as conquistas, política e
trajetória.
Confira entrevista na íntegra
Como é a arquitetura. É arte?
Ela
é arte a partir do instante em que ela tem forma. Quando é mais que uma
função. Quando é ousada e une a uma utilidade, a própria natureza da
forma. Acho que entender o entorno, ousar, experimentar, podem ajudar a
transformar um lugar arquitetônico em uma obra de arte habitada.
Sua
própria casa, na serra há 350 km de Fortaleza é um exemplo?
Casa de Gerson na Serra já recebeu três premiações |
Sim,
ela é. Ganhou três prêmios, sendo um deles o de Projeto Arquitetônico
em Sustentabilidade da Editora Abril, e outro que eu considero um dos
maiores prêmios de toda a minha carreira, uma publicação de oito páginas
na Architetural Digest USA, a mais importante revista de arquitetura do
mundo. Nessa casa eu trabalhei com forros de talho de babaçu, telhas de
papelão reciclado, a volumetria e o desenho do telhado em asa delta, um
trabalho, que chegou a ser comparado com Frank Lloyd Whight (um dos
arquitetos norteamericanos mais respeitados).
De
um modo gral, quando eu vou em algum lugar, o próprio ambiente
determina 50% do que vai ser a obra. Como é o exemplo da Casa da Pedra
do Sal, que ficou exposta no Museu de Arquitetura de Frankfurt. Lá eu
utilizei a as próprias pedras para criar uma linha de fechamento na
construção. Como se a pedra completasse a casa. Cada situação é
específica. Na “Casa de Sorocaba”, em São Paulo, eu tive que aproveitar a
topografia do terreno, elevada, trabalhar com a visibilidade do local e
não interferir no meio ambiente local.
E a relação entre a sua criatividade e os desejos dos
clientes?
É
muito complicada. A linha entre o olhar do artista e o olhar do
comprador tem muitas tensões. Atualmente estou fazendo uma casa na
Galiza, onde o projeto concebido era para construção de sua estrutura
com a utilização de eucaliptos. Mas porque a área estava a se tornar de
preservação, seria impedida. Mostrei meu projeto as autoridades locais, e
eles de tão impressionados, aprovaram a construção, porque não tinha
grandes impactos e porque poderia tornar-se um ponto turístico. Tentamos
importar a madeira, sem sucesso, até que o cliente decidiu trocar a
madeira por concreto. Fiquei frustradíssimo.
Algum entrave entre o cliente e você já te impediu de
fazer um trabalho?
Não,
porque quando não é algo que tem uma relação com o que faço, eu nem
pego. Certa vez me procuraram para construir um “karnakinho” (cópias do
palácio do Governo Estadual, em versões menores e residenciais). Daí
passei o contato de quem fez o Karnak para eles resolverem.
Como foi sua formação?
Sou parnaibano. Fui
criança em Luzilândia. Adolescente em Fortaleza. Fiz o curso de Belas
Artes em Salvador. Morei seis meses na Cordilheira dos Andes e voltei
como um ermitão, me mudando para a Praia do Coqueiro e vivendo sem água,
luz ou telefone. Fiquei anos lá, realizando trabalhos para Teresina e
voltando assim que podia. Então, em 81, voltei pra capital, onde fiquei
até 91. Aqui tive oportunidade de fazer grandes obras, como a
Potycabana, e trabalhar com publicidade, como as artes da água mineral
York.
Ela deveria ter sido um
portal cultural, nunca um parque aquático. O que aconteceram foram
entraves políticos entre o Alberto Silva, na época governador, e Valdeci
Cavalcanti, na época do SESC. O que está sendo feito agora é um
absurdo. Linhas de cimento e concreto. A solução seria um trator passar
por cima daquilo e reformular tudo.
Qual sua visão
sobre o crescimento vertical em Teresina?
Acho
que não deixa de ser uma afavelamento, só que vertical. São gaiolas de
concreto climatizadas.
Eu
nasci em Parnaíba no Piauí, divulgo o Piauí em todas as entrevistas que
dou e em mais de duas mil páginas de publicações especializadas. Eu amo
meu estado. O que me faz sentir nojo de como destratam ele. De como a
corrupção é presente. De como transformaram a Praia do Coqueiro em um
quintal de Parnaíba, o que é grotesco, inclusive com os políticos
aparecendo apenas como curral eleitoral ou lugar para passarem as
férias.
Edição: Jornal da
Parnaíba
Fonte:
Igor Prado e Biá Boakari | O Dia
A saida para Parnaiba esta abaixo.
ResponderExcluirReunir, agregar, compartilhar. Esses são apenas alguns dos sinônimos da palavra associação, que significa ainda a união de pessoas, entidades ou empresas com o mesmo objetivo. Na economia, esse conceito está sendo levado a sério. Muitas empresas perceberam que é mais fácil e seguro alcançar o sucesso com parcerias. No comércio, grupos dos mais diversos segmentos estão se associando em redes de negócios para aumentar a participação no mercado e oferecer melhores serviços
... (more info)
(less info)
http://www.youtube.com/user/jangadeiroonline#p/u/44/5_7UuG2K1Vw
Nao da para o Piaui ou ao menos a parnaiba copiar umas coisinhas boas nao?
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/user/jangadeiroonline#p/u/35/Vk92BkRQ9IY
http://www.youtube.com/user/jangadeiroonline#p/search/22/4yLWtp8Ya8A
ResponderExcluirUUUUUUIIIIII!!!!!
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