Em sua reta final, a campanha
eleitoral termina sem que os candidatos à presidência da república
tenham sido
claros sobre suas propostas centrais para eliminar as distorções
estruturais
que limitam o desenvolvimento do país.
Uma pena. Deveriam
aproveitar os
espaços disponíveis na mídia e dedicar-se mais sobre discussões
profundas a
respeito do Brasil e do seu lugar no mundo à luz da história, para que
não se
repitam no futuro os erros do passado.
Até o momento, as
questões foram
pautadas pelas pesquisas nas intenções de voto, a mesma força que moldou
as
opiniões dos candidatos sobre os temas que chegaram a tocar nos
amarrados
debates televisivos. Sem medo do perigo das generalizações, ficou óbvio
que
eles preferiram responder às demandas de grupos de pressão específicos,
principalmente
aqueles organizados e com interesses corporativos.
Falaram para negros,
índios, idosos
e deficientes físicos. Fizeram promessas aos milhões de dependentes de
programas de repasse de verbas, os beneficiado pelo Bolsa
Família.Mandaram
recados aos funcionários públicos avisando que eles não perderiam no
futuro e
que suas profissões seriam ainda mais valorizadas.Tudo correto.Os grupos
especiais precisam de tratamento especial.Eles sabem o que querem e dão
seu
voto a quem os trata bem.
Mas teria sido
saudável se os
candidatos tivessem dedicado mais tempo ao brasileiro esquecido, aquele
sujeito
das classes produtivas que trabalha cinco meses por ano apenas para
pagar impostos.
Os pequenos e médios empresários que empregam sete em cada dez
brasileiros com
carteira assinada. As demais empresas, que contratariam mais gente e
pagariam
melhor seus funcionários se não tivessem de entregar aos governos um
real para
cada real que pagam de salário. Falar para esse brasileiro esquecido
exige que
se abra a agenda esquecida, a as reformas estruturais que libertariam as
potencialidades capazes de levar e sustentar o Brasil a níveis de
crescimento
econômico e de desenvolvimento muito maiores do que aqueles que nossa
atual configuração
permite sonhar.
Faltou falar que o
ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso não deixou uma “herança maldita”, mas,ao
contrário,lançou as bases do Brasil estável, equilibrado, de finanças
públicas
saudáveis e pacífico que hoje desfrutamos. Que o erro de FHC foi
justamente
trabalhar para o brasileiro esquecido – fazendo o bem geral ao custo de
desagradar aos interesses organizados. FHC fez o que precisava ser
feito, enfrentou
corporações (não a dos bancários, mas de banqueiros), valeu-se de seu
enorme
prestígio pessoal com os grandes mandatários do mundo para impedir que o
Brasil
quebrasse diante das crises mundiais formidáveis e repetidas e do ataque
especulativo dos piratas financeiros.
Não é preciso retórica
para
defender o legado de FHC. Os números bastam.
Quando alguém fizesse
acusações
caluniosas de que FHC privatizou estatais, vendendo-as a preço de
banana,seria
necessário levantar vozes para lembrar que toda a receita arrecadada com
a
privatização foi inferior ao total de passivos assumidos pelo Tesouro
durante o
governo.A venda das estatais totalizou 108,1 bilhão de reais.A limpeza
dos
“esqueletos” no armário responsáveis pela inflação inercial que
inviabilizava o
Brasil foi de 148,1 bilhões de reais.Os esqueletos eram os créditos
podres que
minavam o sistema bancário – não apenas o privado,mas também o Banco do
Brasil
e a Caixa Econômica Federal.Os esqueletos eram as dívidas gigantescas
acumuladas por estados,inclusive o nosso Piauí, cujos governantes,na
prática,tinham conquistado o direito de emitir moeda – tornando inócuo
qualquer
plano anti-inflacionário.Sem eliminar essa,sim,herança maldita que
recebeu de
governos passados,FHC não teria deixado nenhum legado louvável.
Discutir a herança de
FHC na
perspectiva correta teria dado aos candidatos a chance de entender
melhor o
Brasil e de dar mais consistência a suas propostas para o futuro.
José Cardoso de
Araújo Sobrinho
parabens pelo excelente artigo professor,a verdade tem que ser dita doa a quem doer.Quem vota em Dilma esqueçe o legado de FHC e que Lula pegou um cavalo selado,desse jeito ate eu fazia a mesma coisa que ele.
ResponderExcluirZezinho,formidável, brilhante suas colocações. Ninguém expressou tão bem a importancia de FHC para o equilibrio econômico do nosso país. A politica paternalista e assistencialista combatida pelo PT hoje é sua marca registrada. E essa politica é sustentada graças a todos nós que pagamos uma carga tributária mais alta.
ResponderExcluirESSE CARA NÃO DISSE COISA COM, PETISTA É ASSIM MESMO.
ResponderExcluirCaro amigo José Cardoso, para sabermos do legado do governo FHC, basta ler os seguintes livros: "BRASIL PRIVATIZADO II", do autor Aloysio Biondi, lançado em 2000, ou "DESMONTE DA NAÇÃO EM DADOS",do autor Ivo Lesbaupin, lançado em 2002. Ambos, falam do verdadeiro legado do governo FHC, e não esquecendo que o presidenciável SERRA fazia parte e era até um dos responsáveis neste governo! VC como um bom economista deve ter lido pelo menos um destes livros. Agora, que no segundo turno está existindo um deboche contra os "esquecidos", aí sim, eu concordo!Pois, agora existem apenas discursos vazios e uma onda de ataques pessoais, esquecendo eles de apresentarem novos projetos e, ou, até mesmo um programa de governo viável que engrandeçam de vez a nossa nação! A herança que todos os brasileiros possuem é a garra de lutar e a esperança de um governo que nos traga dias melhores!
ResponderExcluirprofessorrilton@ig.com.br
Se o Lula continuasse com aquela política de FHC, o Brasil tinha quebrado..
ResponderExcluiressa é a cara do pt, papgaio come milho, periquito leva fama! dai a cezar o que é de cezar.... excelente pensamento! parabens!
ResponderExcluirÓtimo artigo para refletir e se lembrar que Lula e o PT foram oposição por mais de 20 anos, entre 1980 e 2002. No Congresso brasileiro, a bancada petista votou sistematicamente CONTRA quase todos os projetos apreciados, como o de criação do Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e mesmo a Constituição de 1988. Os adversários discordavam, mas sempre respeitaram a posição dos petistas, mas atualmente os petistas não respeitam a opinião da oposição, querem aniquilá-la.
ResponderExcluirDe fato, os petistas eram contra aquilo que serve hoje para vangloriar-se frente ao eleitor. Abraham Lincoln constatou: "Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
Um excelente artigo também publicado pelo Proparnaíba e Administradores, porém não é da autoria do citado economista, José Cardoso de Araújo Sobrinho de Parnaíba. Todo o texto utilizado pode ser lido na Revista "VEJA", edição 2.185, de 06/10/2010, páginas 89 e 90, cujos autores da reportagem são Diogo Schelp e Giuliano Guandalini com reportagens de Kalleo Coura, Luís Guilherme Barrucho, Marcelo Sakate e Renata Betti.
ResponderExcluirÉ uma pena que o Senhor José Cardoso de Araujo Sobrinho, que se intitula como economista, doutorando em economia, mestre, pós-graduado em gestão educacional e docência superior, especialista em gestão de organizações e gestão talento da empresa, se aproveitou do trabalho de repórteres de "VEJA". Isso é no mínimo plágio!!!
Esse cara e um Otário metido a jornalista.
ResponderExcluirOnde foi que ele aprendeu?!!!! Quem pensa que é. Economista de meia tigela.
Professor?
Eta! O professorzinho José Cardoso de Araújo Sobrinho plagiou! Apresentou a obra dos outros como se fosse dele. Que vergonha decorar-se com as plumas dos outros, professorzinho talentoso.
ResponderExcluirEsse cara é fradulento. Cópia artigo dos outros para a aparecer na midia parnaibana.
ResponderExcluirMeu amigo foi que o Chico da moto se fez...
desista de ser articulista...
Seu caso é caro de polícia.
Pior que os gêmeos ladrões do centro de Parnaíba.
Cara de Pau!
O que este professor tem a ensinar?