Em maio, a aprovação da pílula anticoncepcional combinada completa 50 anos. Ao longo desse período, o produto sofreu modificações e foi alvo de diversas pesquisas. Algumas apontaram malefícios, como a possibilidade de aumentar o risco de câncer de mama e de outras doenças. Desta vez, um estudo com 46 mil mulheres do Reino Unido traz resultados positivos: quem a usa tem menor chance de morrer de qualquer patologia, incluindo as cardíacas e todos os tipos de câncer, em comparação com quem nunca apostou nela.
A conclusão é a de que o contraceptivo oral pode prevenir cerca de 1,5 mil mortes por ano. "Nossa melhor estimativa é de que, se pegar um grupo de 100 mil mulheres que usaram a pílula por um ano, em média você teria 52 mortes a menos em comparação com aquelas mulheres que utilizam outras formas de contracepção", disse o líder do trabalho, Philip Hannaford, da Universidade de Aberdeen, ao jornal Daily Mail.
A análise, no entanto, revelou uma possibilidade ligeiramente maior de morte entre as usuárias com menos de 45 anos que deixaram de investir no método entre cinco a nove anos atrás. Mesmo assim, os benefícios em mulheres mais velhas excederam os pequenos riscos das mais jovens.
"Muitas mulheres, especialmente aquelas que usaram a primeira geração de contraceptivo oral há muitos anos estão propensas a ficar tranqüilas com nossos resultados. No entanto, os resultados poderiam não refletir a experiência das mulheres que usam anticoncepcional hoje, caso a preparação atual do produto tenha um diferente risco em relação aos primeiros produtos", afirmou Hannaford ao site Science Daily.
O cientista enfatizou que seria errado estimular a pílula simplesmente para se proteger de doenças, uma vez que não se provou conclusivamente a causa dos dados benéficos. Há a chance até de que as mulheres que usam o contraceptivo oral simplesmente visitem mais o médico e cuidem melhor da saúde. O produto deve ser prescrito após a realização de exames.
As constatações fazem parte do Royal College of General Practitioners' Oral Contraception Study e foram divulgadas na versão online da publicação British Medical Journal.
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