Ao discursar durante a sessão plenária desta sexta-feira (05), o senador Mão Santa (PMDB-PI) relembrou a morte precoce de seu conterrâneo, Petrônio Portela, aos 54 anos, "único fato que o impediu de ser o primeiro presidente civil da República, depois do período militar", enfatizou.
- Já se passaram 30 anos, durante os quais o Brasil viveu sem o mais brilhante piauiense da política, um defensor intransigente da democracia, um homem de idéias e ideais que tinha tudo para vencer a disputa pelo cargo de presidente da República, no Colégio Eleitoral de 1985. Ele representaria o PDS e Tancredo Neves seria seu vice, indicado pelo PP. Tenho certeza de que ganhariam a eleição - destacou.
Para Mão Santa, o exemplo "desse grande brasileiro" há de ajudar o Brasil a respeitar a democracia, o maior legado da Nação Brasileira. Ele fez uma prece a Deus, pedindo que nunca falte ao povo brasileiro essa inspiração do amor à democracia que Petrônio Portella ensinou a todos.
O senador pelo Piauí lembrou, ainda, ter sido Petrônio Portella que o estimulou a entrar para a política, abandonando a Medicina que exercia na época, juntamente com outros médicos jovens do Piauí, como Mário e Paulo Lage.
- Éramos novos e fomos persuadidos a abraçar a causa da política. Isso aconteceu no dia seguinte à assinatura da Lei da Anistia, essa obra magistral de Petrônio que pacificou a Nação brasileira, abrindo caminho para a redemocratização do país. Agora estão tentando acabar com ela - advertiu.
Em aparte, o senador Marco Maciel (DEM-PE) afirmou que Petrônio Portella foi uma figura de excepcional valor na política brasileira e, se não tivesse falecido precocemente, poderia ter alcançado a mais alta magistratura da República.
- Ele morreu com apenas 54 anos, mas deixou um legado de respeito e amor pela política e pela democracia que todos devemos reverenciar e seguir - concluiu Marco Maciel.
Agência Senado
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