Ontem, depois de proferir um dramático discurso no Senado Federal, o senador Mão Santa cumpriu sua promessa de deixar o PMDB, partido que havia lhe dado carona na década de 90 para levá-lo por duas vezes ao Palácio de Karnak. O senador parnaibano de fato já estava divorciado da legenda no Piauí, hostilizado por meia dúzia que não aceitava a hipótese de deixar a sombra do governo e somar com Mão Santa na oposição. Ele pode ter feito a pior aposta da sua carreira política porque deixa para trás o maior partido no Estado e se abriga no minúsculo, insipiente, desconhecido partido que seguramente, a grande maioria de seus eleitores sequer sabe o nome. Mão Santa deu, definitivamente ao PMDB, o que seus líderes queriam, a oportunidade de negociar os votos para o Senado com alguém que tenha exatamente o que falta ao senador da Parnaíba. Até ontem, não sabia de ninguém com capilaridade eleitoral que o tenha acompanhado. Portanto, não será surpresa se ouvir que vários prefeitos e deputados do PMDB chegaram a comemorar a saída de Mão Santa, pois agora se vêem desobrigados do compromisso de votar no senador em 2010. Ninguém, nem mesmo seus algozes do PMDB, desconhece o fato de que Mão Santa é de longe, o mais popular líder do partido, mas, também, é crível reconhecer que o próprio senador destoava dos demais companheiros, que não aceitavam as críticas que ele sempre fazia ao governador Wellington Dias e ao presidente Lula. Só resta esperar 2010 para se saber quem perdeu: Mão Santa ou o PMDB. Ou até mesmo os dois.
Fonte: Portal AZ
O pobre muda de patrão, mas não de condição.
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