9 de set. de 2009

Erro de avaliação

Ao declarar, ontem, para o jornalista Elivaldo Barbosa, da TV Cidade Verde, que não quer regredir como ocorreu ao deputado Alberto Silva, o senador Mão Santa cometeu uma dupla bobagem. A primeira foi ser descortês com um homem que o ajudou a ser o que é e, com certeza, não regrediu por ter sido duas vezes senador e duas vezes governador e agora ocupar pela segunda vez consecutiva mandato de deputado federal. A segunda foi a de rebaixar à condição de políticos de segunda linha os ocupantes de vagas na Câmara dos Deputados.
O senador parnaibano, que já disputou e perdeu uma eleição para deputado federal, em 1986, diz que seu modelo de político é Petrônio Portella, que nunca foi deputado federal, mas se elegeu deputado estadual, prefeito de Teresina, governador do Piauí e senador, sendo ainda presidente do Congresso Nacional e ministro da Justiça. Petrônio morreu aos 54 anos, em 1980, no auge de seu poder e glória. Alberto Silva, o detratado da vez pelo senador Mão Santa, está com 90 anos.
É o mais longevo dos homens públicos no Piauí e quiçá bem sucedido. Este ano completa seis décadas de vida pública. Mão Santa e todo o Piauí sabem que tanto Alberto quanto Petrônio Portella são homens da maior importância para o Estado, sobretudo na segunda metade do século passado, quando, cada um a seu tempo e seu modo, obteve e utilizou os meios possíveis para, de algum modo, concorrer para mudanças no perfil social, econômico e político do Piauí. As obras físicas deixadas pelo governador Alberto Silva vão durar séculos e Mão Santa, se deixou alguma, ninguém lembra.
Portanto, é desinformação, descortesia e falta de capacidade de análise histórica dizer que Alberto Silva, uma espécie de fênix da política piauiense, é um homem que regrediu porque deixou o Senado para ser deputado federal.

Por Portal AZ

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