A operação envolveu uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, composta por técnicos de enfermagem, cirurgiões, enfermeiros e contou com o apoio da equipe do HGV.
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, deu mais um passo importante na consolidação de sua atuação como referência em captação de órgãos no Piauí. Neste sábado (17), a unidade realizou sua terceira captação múltipla de órgãos em menos de um mês — um marco expressivo para a saúde pública da região. Sob gestão do Instituto Cidadania e Saúde (ISAC), o hospital reafirma seu compromisso com a vida e com o fortalecimento da rede estadual de transplantes.
O procedimento teve início às 10h e durou cerca de três horas. A operação envolveu uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, composta por técnicos de enfermagem, cirurgiões, enfermeiros — incluindo dois perfusionistas — e contou com o apoio da equipe do Hospital Getúlio Vargas (HGV).
Nesta captação, o fígado foi destinado a um paciente em Fortaleza, enquanto os rins e as córneas seguiram para Teresina, onde beneficiarão pessoas que aguardam na fila nacional de transplantes. Cada órgão representa não apenas uma chance de vida, mas um símbolo de esperança para quem ainda aguarda.
O diretor técnico do HEDA, Dr. Carlos Teixeira, reconheceu o impacto das ações realizadas em Parnaíba, que têm contribuído para salvar vidas em todo o país. “Parnaíba tem contribuído de forma significativa graças à solidariedade de famílias enlutadas e ao esforço das equipes da CIHDOTT [Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes] com apoio da Sesapi. Parabenizo os profissionais envolvidos pelas três captações já realizadas e pelo trabalho ágil e comprometido, que salva vidas”.
A coordenadora da CIHDOTT, Nadja Freitas, destacou a importância da atuação integrada das equipes e mencionou o recente treinamento sobre perfusão de órgãos realizado em Teresina. O curso teve como objetivo a atualização de práticas e protocolos fundamentais para garantir a qualidade e a viabilidade dos órgãos doados, fortalecendo a preparação técnica dos profissionais de enfermagem do HEDA.
Mais do que um ato técnico, a doação de órgãos é, acima de tudo, um gesto de amor e empatia. Em meio à dor da perda, a família do doador tomou a nobre decisão de autorizar a doação, permitindo que outras vidas pudessem continuar. Um gesto que comove, inspira e transforma o luto em esperança.
“Com uma atuação cada vez mais estruturada, o HEDA avança com profissionalismo, humanidade e responsabilidade. O hospital amplia sua capacidade de resposta à demanda por transplantes e fortalece, dia após dia, o elo entre a dor de quem perde e a vida de quem recomeça”, disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo.
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