Simplício Dias da Silva foi um Maçom Eminente e Soberano para sua época. Foi elevado ao Grau 33, o mais importante da Maçonaria. Os relevantes trabalhos que realizou em favor de sua Vila, de sua Província e pela Independência do Brasil, foram frutos de sua alta conscientização e interpretação perfeita do Simbolismo da Maçonaria, especialmente quando se entende a perfeição da Simbologia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.Posso dizer que há uma perfeita sincronia entre o Grau 33 e Simplício Dias da Silva. Para tanto, citarei alguns exemplos sobre o número 33 e o que ele representa. Na numerologia espiritual, o número 33 é considerado o “Mestre dos Mestres”, uma vez que é formado pelo número 3, o qual está relacionado aos atributos da expansão espiritual, da espontaneidade, da mente aberta, curiosidade, coragem, assistência, talentos e habilidades individuais, além da autoexpressão.
Em termos bíblicos, Jesus, aos 33 anos de vida terrena, fez o grande sacrifício pela humanidade. O Rei David reinou durante 33 anos em Jerusalém. Jacó teve 33 filhos. José tinha 33 anos quando se casou com a Virgem Maria. Moisés e Josué derrotaram 33 reis nas guerras dos reis Nephilim. O número 3, na Bíblia, significa a Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Ou seja, o número 33 possui muita força e significado. Reportando-me, agora, à literatura, o poema épico de Dante Alighieri, chamado Divina Comédia, é composto exatamente de 3 partes, cada uma com 33 estrofes. No que diz respeito a nós, seres humanos, são 33 os ciclos lunares da gestação, 33 as vértebras no corpo humano e 33 as voltas sequenciais que formam o DNA.
Na Numerologia, o 33 é símbolo da criatividade, espontaneidade, zelo, cuidado, carinho e abundância. Isso explica muitas questões e especialmente demonstram que não por acaso o Grau máximo da Maçonaria, no Rito Escocês Antigo e Aceito, é o 33. E não por acaso Simplício Dias da Silva foi escolhido para receber esta homenagem em uma das pesquisas de maior maturidade que este autor já publicou.
Pois bem, sempre dediquei minha escrita à trajetória daqueles que admirei e entendo que devam ser reconhecidos por suas infindáveis contribuições ao país. Os leitores que me acompanham, podem ratificar essa afirmação, pois já entenderam minha forma de comunicar a importância da valorização e, sobretudo, de vangloriar os nomes dos que doaram e doam suas vidas em prol da evolução humana, social, política e cultural, que são as bases de sustentação de uma sociedade justa e perfeita.
Em 2022, lancei a obra de caráter historiográfico, intitulada “João Lustosa da Cunha Paranaguá – O Marquês de Paranaguá”, a qual nasceu de minha admiração pelo conterrâneo Lustosa, mas, também, com vistas à ligação dessa à Ordem do Mérito Comercial Marquês de Paranaguá instituída em 1º de outubro de 2021, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí.
A ordem honorífica em questão tem por intuito homenagear personalidades físicas, jurídicas, organizações nacionais e internacionais, que se destacam no segmento empresarial, cultural, científico, político, religioso, social e na defesa da livre empresa no Piauí e em outros estados brasileiros.
Essas figuras ilustres, que também são exemplos em seu tempo, receberam ou receberão a citada obra, acompanhada da Comenda, por terem se tornado inspiração mediante suas carreiras de muito trabalho, brilho, moral e envergadura.
Repetirei o ato com esta obra, oportunidade em que criarei, agora como Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil no Piauí, a Ordem do Mérito Maçônico do Estado do Piauí, cuja Comenda receberá o nome de Simplício Dias da Silva e será concedida apenas aos homens de grande ímpeto, que visam o bem do ser humano, o desenvolvimento espiritual, social, político e econômico, e partilham do ideal de servir à causa da liberdade com responsabilidade, bem como aos princípios morais, cristãos e de cidadania.
Esta é a forma que encontro de demonstrar toda a minha honra e gratidão de ter, neste momento da vida, após longos anos de dedicação e trabalho duro, tornado-me “Grande Inspetor Geral da Ordem”, o último grau maçônico no Rito Escocês. Esse posto me contemplou com a responsabilidade pelos destinos da Maçonaria no Piauí e eu o aceitei com honestidade, honra e benevolência, assumindo o compromisso de me tornar guardião, mestre e condutor da Ordem.
Este ato, portanto, registra o entendimento de que o principal a ser feito, constitui-se em reunir forças e vigor entre os Irmãos para que todos, numa só equipe, possam trabalhar pelos nossos ideais maçônicos e tornar cada dia mais reconhecida, valorizada e próxima da sociedade, a Maçonaria, que é símbolo de lealdade, humildade, tolerância, fraternidade e bons costumes, qualidades essas que precisam ser propagadas pelo mundo cada dia mais. Esse é o nosso compromisso.
VALDECI CAVALCANTE
Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil no Piauí
Membro da Academia Piauiense de Letras
Membro da Academia Parnaibana de Direito (APD), Casa de Evandro Lins e Silva
Membro da Academia Parnaibana de Letras (APAL)
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