O Piauí saiu da zona de alerta crítico quanto à ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes adultos com Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo dados do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgados na quarta-feira (16), a taxa de ocupação de leitos do estado (públicos e privados) estava em 87% no dia 7 de fevereiro deste ano; no dia 14 de fevereiro, esse número caiu para 77%.
A tendência é de queda no Piauí. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, nesta quinta-feira (17), a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 74% (141 ocupados, 49 disponíveis).
Mesmo com a redução, o Piauí continua na zona de alerta intermediário. Ao todo, 14 estados ainda apresentam taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%. Para sair dessa condição, a taxa de ocupação de leitos de UTI deve chegar a índices inferiores a 59%.
Os dados da Fiocruz, datados de 14 de fevereiro, indicam, pela primeira vez neste ano, tendência de melhora no indicador. Os pesquisadores observam que embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, o enfraquecimento da grande onda de casos provocada pela Ômicron, sentida em dados epidemiológicos, está começando a se refletir na diminuição da ocupação de leitos de UTI.
A Nota Técnica destaca que os avanços na campanha de vacinação foram fundamentais para impedir números maiores e percentuais de casos críticos e graves, internações e óbitos. Porém, alertam que não se pode ignorar que riscos de reveses permanecem. “É central que se avance ainda mais na campanha de vacinação com políticas e estratégias ativas, para que os adultos não vacinados o façam e que os que tomaram a primeira dose completem o esquema vacinal, além da necessidade de se ampliar rapidamente a cobertura vacinal para crianças”, sugerem.
Até esta quarta-feira (16), 84,20% da população piauiense elegível para receber a vacina contra Covid-19, estavam vacinadas com a primeira e segunda doses ou dose única, segundo Vacinômetro da Sesapi.
Situação dos demais estados
A Fiocruz informou que das nove Unidades Federativas que se encontravam na zona crítica (taxas iguais ou superiores a 80%) na última semana, somente quatro permaneceram – Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Cinco saíram da zona de alerta crítico para o intermediário (Piauí, Tocantins, Espírito Santo, Mato Grosso e Goiás). Amapá e Ceará, que estavam na zona de alerta intermediário, saíram da zona de alerta.
Houve acréscimo de leitos no Piauí (178 para 193), Ceará (444 para 494), Rio Grande do Norte (152 para 167), Pernambuco (1045 para 1056), Sergipe (26 para 54), Paraná (703 para 712), Mato Grosso do Sul (200 para 218) e Goiás (214 para 236).
Situação das capitais
O Observatório Covid da Fiocruz também comparou a situação das capitais. Em Teresina 70% dos leitos para pacientes em situação grave estavam ocupados no dia 14 de fevereiro. A capital do Piauí também registrou redução: a taxa de ocupação de leitos estava em 83% no dia 7 de fevereiro.
Entre as capitais com taxas divulgadas, sete estão na zona de alerta crítico: Rio Branco (80%), Natal (percentual estimado de 84%), João Pessoa (81%), Rio de Janeiro (81%), Campo Grande (91%), Goiânia (82%) e Brasília (99%).
Doze estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (78%), Palmas (65%), Teresina (70%), Fortaleza (70%), Maceió (69%), Salvador (69%), Belo Horizonte (75%), Vitória (78%), São Paulo (64%), Curitiba (70%), Porto Alegre (63%) e Cuiabá (67%).
Cinco estão fora da zona de alerta: Manaus (54%), Macapá (52%), São Luís (49%), Recife (57%), considerando somente leitos públicos municipais, e Florianópolis (49%). Belém e Aracajú não têm disponibilizado as suas taxas, e Boa Vista só tinha disponível a taxa de 8 de fevereiro.