O senador Wellington Dias botou seu bloco na rua para as eleições de 2014 ainda no primeiro semestre de 2013, com as caravanas petistas percorrendo os municípios. Quase todos os finais de semana ele estava no interior, com o PT e partidos aliados, para propagar a sua candidatura ao Governo do Estado.
Diante da precipitação do senador em fazer campanha antecipada, o governador Wilson Martins lançou um apelo para que todos os partidos da base adiassem a questão eleitoral para o ano das eleições. Não queria que a antecipação do debate eleitoral prejudicasse a sua administração. Foi atendido, correto? De forma alguma!
Wellington Dias, ao invés aliviar, deu foi mais uma volta no parafuso. E cuidou de fechar sua chapa para as eleições de 2014, chamado para sua caravana o virtual concorrente do governador Wilson Martins ao Senado, João Vicente Claudino, e o senador Ciro Nogueira, que acabava de romper com o Governo do Estado e ficaria com a incumbência de indicar o vice.
O senador petista achou que era pouco e ficou pisando no pé do governador, ao tentar minar suas bases, procurando atrair para seu palanque aliados do governo, como o PCdoB, o PDT, o PR e o Pros, entre outros. Tudo isso com o PT pendurado em sete cargos do primeiro escalão e em vários outros do governo.
Quando, enfim, chega 2014 e o governador decide tomar as rédeas da sucessão em suas mãos, despejando do governo os aliados infiéis, o senador se joga ao chão e reclama que o PT foi vítima de uma tratorada. Queria o quê? Que o governador patrocinasse até o fim sua candidatura de candidato da oposição?
Wilson tomou a decisão de demitir os petistas depois de deixar claro que não tinha chapa pronta para 2014 e que também não aceitava chapa pronta. Os entendimentos teriam que começar do zero. O governador recebeu da parte do senador a sinalização de que a mudança em sua chapa era inegociável. Estavam encerrados, portanto, as conversações. O tempo agora é de medir forças.
Por:ZózimoTavares
