Mesa Diretora da CMP e o Diretor da Agespisa José Dias
Para alguns vereadores parnaibanos foi surpresa a informação prestada, semana passada, na Câmara Municipal, pelo diretor da Agespisa, José Dias, dando conta de que o contrato de concessão para a prestação de serviços de abastecimento de água, assinado entre a prefeitura de Parnaíba e aquela Empresa, não contempla a zona rural do município, “onde as pessoas não têm água para beber e nem fazer suas necessidades básicas”, como disse a presidente da Câmara, vereadora Neta Castelo Branco.
José Dias, juntamente com outros diretores da Agespisa, representavam na ocasião o presidente Antônio Filho, que havia sido convocado a pedido dos vereadores Antônio Cardoso e Carlson Pessoa, para esclarecer, além das razões da falta de água na zona rural, problemas relativos à cobranças indevidas da taxa de esgotamento sanitário, mesmo sem os serviços estarem disponíveis em sua totalidade para a população.
Na ocasião, a presidente da Câmara, Neta Castelo Branco, se comprometeu a buscar junto à Prefeitura uma cópia deste contrato, a fim de que seja estudada uma forma de modifica-lo, através de aditivos, a fim de solucionar o problema da falta dágua na zona rural. Em localidades como o Olho Dágua, por exemplo, a população chegou a ser abastecida por carros pipa, porque até o poço no qual as pessoas se abasteciam não tem mais condições de produção. De acordo com o vereador Ronaldo Prado atualmente mais de 7 mil famílias residem na zona rural, totalmente desprotegidas do abastecimento de água, esperando que a Prefeitura e a Agespisa entrem em acordo para resolver o problema.
Segundo o vereador Gerivaldo Benício, que há 26 anos é funcionário da Agespisa, o contrato de concessão assinado entre a Prefeitura e a Agespisa, para um período de 30 anos, é de 2005, quando o prefeito era José Hamilton e o governador Wellington Dias. Ele lembrou que na gestão do ex-prefeito Paulo Eudes o Projeto chegou à Câmara Municipal, mas o prefeito de então não aceitava, chegando a falar na privatização dos serviços, a exemplo de Campo Maior.”O impasse só foi solucionado em 2005, sem a participação dos vereadores”., explicou Gerivaldo.
Esgotamento sanitário
Em relação ao processo de interligação ao sistema de esgotamento sanitário, o diretor José Dias afirmou que os parnaibanos que se sentirem lesados pelas cobranças indevidas, antes de o sistema estar em funcionamento, devem procurar a Agespisa para pedir ressarcimento do valor indevido.
“Parnaíba não pode servir de laboratório para os projetos da Agespisa. Exigimos respeito. Se faltou planejamento para a implantação desse sistema, então a empresa não deveria ter feito a cobrança na conta mensal. Não vamos aceitar os erros da Agespisa que penalizam a população” , destacou o vereador Carlson Pessoa.