O tenente coronel Almeida pediu exoneração do comando do 8º Batalhão da Polícia Militar. Ele foi o primeiro policial a chegar à obra do Ministério Público Federal (MPF), onde o corpo da estudante Fernanda Lages foi encontrado no dia 25 de setembro deste ano.A portaria exonerando o oficial da função ainda não foi assinada. Entretanto, o coronel Rubens Pereira, comandante da Polícia Militar do Piauí, informa que vai atender ao pedido. A saída de Almeida do 8º BPM, assegura Pereira, não tem relação com a morte da estudante.
“O tenente coronel pediu para sair porque está há muito tempo no batalhão. Esses rodízios têm mesmo que acontecer, são normais. Novos oficiais serão promovidos e ainda vou escolher o substituto”, informa o comandante da PM.
Entenda participação de Almeida no 'Caso Fernanda'
Enquanto esperava a Perícia Criminal e o IML, no local onde Fernanda Lages foi encontrada morta, o oficial isolou a área e marcou pegadas no caminho percorrido pela jovem da obra do Tribunal Regional do Trabalho até o prédio do MPF.
Horas depois, em entrevista ao repórter Juvenal Ribeiro, da TV Meio Norte, Almeida declarou que o trabalho dos investigadores seria fácil, pela quantidade de evidências deixadas na cena do crime. E apontou contradições nas afirmações do vigia Domingos Pereira.
O PM percebeu dois tipos de marcas de pés no trajeto feito por Fernanda. Uma de homem e outra de mulher. Enquanto isso, o vigilante sustentava – e até hoje sustenta – que apenas uma pessoa entrou pelo portão da obra.
O mais estranho de todos esses fatos é que, nos dias que se sucederam, e diante da repercussão crescente do caso, o tenente coronel não sustentou mais nenhuma das suas afirmações.
Por Rômulo Maia/AZ
Edição Blog do Pessoa
