27 de mar. de 2011

Em Tempo: MARCAS Q MARCAM de 2010

Sob a coordenação do consultor Pedro Pínto Junior da Dinâmica Consultoria foram agraciados com o premio MARCAS Q MARCAM as  mais lembradas pelo consumidor no ano de 2010 em destaque no Blog do Pessoa.

Veja os vencedores do ano 
Trofeu Marcas Q Marcam 2010
Livraria Harmonia
Neginho Hot Dog
São Francisco Pneus
Relojoaria Iguatemi com Dora Rodrigues
Santos Indústria e Comercio
O Boticário
Sorveteria Araujo
Granja Ielnia com Chagas Fontenele
Armazém Paraíba
Aro Forte
Baby Center
Bela Rosa
Darquinha Cine Foto
Lanconete Dogão
Grafica e Editora Sieart
Grafica Melo
Homenagem ao SEBRAE pelos serviços prestados
Hotel Delta
Indústria AK MODA INTIMA
Laboratório Araujo

LEITOR: Av. Rosápolis “Corredor do Inferno”


Carlson, primeiramente quero lhe parabenizar pelo seu blog cujo qual  eu acesso  todos os  dias. Venho pedir a sua ajuda para que faça uma matéria a respeito da Avenida Rosápolis a qual dá acesso aos bairros São Vicente, Joaz Souza, Iguaraçu e povoados vizinhos. Esta se encontra em estado de calamidade pública com imensos buracos, devido  a obras inacabadas da prefeitura. Será se vai olhar por esta somente quando acontecer uma fatalidade com um cidadão? É algo inadmissível, pois o trajeto já é perigoso em meio a assaltos, pouca iluminação agora se não bastassem os buracos enormes existentes. Porque as autoridades não tomam providência? De imediato vem a resposta: - Essas residem em áreas nobres da cidade, as quais não se encontram esburacadas como é ocaso desta avenida, além disso, não precisam se arriscar enquanto sai de casa para trabalhar. Não queremos que seja gasto dinheiro para o término da tal ciclovia não, mas que com pelo menos um terço dessa tampe os buracos com areia já que o asfalto só em sonho. 

Vai chegar um ponto que os próprios moradores iram interditar a avenida de para evitar acidentes e prejuízos maiores. Já pensou uma manchete: Moradores se organizam em mutirão e tampam buracos com uma carrada de areia. Algo muito bonito para a reputação do prefeito se é que nessa cidade tem e ele preza por isso!  
Carlson , estamos precisando de sua ajuda!

Por J.M.M.A
Edição Blog do Pessoa

Em Tempo: MARCAS Q MARCAM de 2010



As marcas mais lembradas pelo consumidor no ano de 2010 em destaque no Blog do Pessoa 

Veja quem DESTAQUE no ano
Marcas Q Marcam 2010
Destaque 2010 para AVALANCHE
Destaque 2010 para Colégio Angulo
Destaque 2010 - Escritório J. ARAGÃO

Destaque 2010 - FONTENELE CINE FOTO
Destaque 2010
Destaque 2010 - SHOP INFOR
Edição Blog do Pessoa

A consagração do absurdo

           Envolvido por um espírito de mentalidade sofista, no último dia 13 de março o Sr. Wellington Dias, um dos representantes legais do Piauí no Senado Federal, e ex-governador do estado, esteve fazendo uso da palavra no plenário, apoiado por outros tantos políticos da mesma linha de pensamento, em defesa da consagração do dia da tumultuosa “Batalha do Jenipapo” como data nacional. Das tantas pérolas pronunciadas na sessão, uma delas merece destaque, por seu teor fulgurante, ardente, impreciso e emocionado, “a Batalha do Jenipapo é fundamental porque foi nela que o Brasil venceu Portugal e garantiu a sua Independência”, Depois disso, uma pergunta, que já sabemos a resolução, ficou vagando, moribunda, no ar: “[...] o Brasil venceu Portugal”?
A realidade, pelo visto, parece muito distante do que os “bravos e compatriotas” políticos confabularam em audiência. Não falamos, aqui, de uma gloriosa memória, mas de uma chacina de piauienses assistida às margens de um rio que pouco ou quase nada viu em derramamento de sangue alheio. A Batalha do Jenipapo, para as almas aflitas e anseios dos brasileiros, foi um tremendo desastre. Salvemos as palavras reproduzidas que Pereira da Costa nos legou de Vieira da Silva a respeito do combate: “[...] começou às nove horas para as dez horas e durou até depois do meio-dia. Calculou-se a perda das tropas brasileiras em 200 homens entre mortos e feridos, 542 prisioneiros, entrando neste número os que depois da ação se apresentaram ao comandante das armas, três caixas de guerra, uma peça de artilharia de calibre 3, algumas munições e uma bandeira. Da tropa portuguesa pereceram 16 soldados, 1 sargento, um alferes e um capitão e saíram feridos 60 homens”.
            O disparate transcrito acima dispensa quaisquer comentários, senão o reforço da sentença: A Batalha do Jenipapo, para as almas aflitas e anseios dos brasileiros, foi um tremendo desastre. Fidié, no dia seguinte, em Campo Maior, sorria agradecendo o empenho de sua tropa guerreira e vitoriosa, enquanto nossos irmãos choravam ao leito de uma alcova já sem esperanças e sem alimento para o espírito enegrecido.
Hoje, o Piauí, vítima de uma falta de apuração, enxerga os seus filhos modernos chatearem dos pesares daquela assombrosa memória, transformando-a, por sua vez, em adagas de lisonjeio. Ainda em se tratando de fatos que aconteceram no findo mês de março, tivemos o lançamento de uma revista de propriedade do grupo Cidade Verde, cuja capa, em alusão ao fato que discutimos neste momento, assim declarou sua manchete: “Loucura patriótica: a arma que venceu Fidié”; e a pergunta, mais uma vez vem à tona, “venceu Fidié”?!
A matéria da revista, por sua vez, pareceu-me para lá de tendenciosa, omitindo trechos documentados da história do Piauí. Na página 38, assim se expressou: “Apesar da aparente vitória, os portugueses logo constataram que haviam sofrido tantas baixas e perdas de munição, que Fidié se viu obrigado a mudar seu plano de retornar a Oeiras”. Agora analisemos, com clareza e verdade, os fatos: 1.º, em relação às baixas nas tropas brasileiras, as de Fidié foram insignificantes, comparemos: 200 brasileiros mortos e 542 prisioneiros, contra 19 portugueses mortos e 60 feridos. Estas são as “tantas baixas” que obrigou Fidié mudar os planos? 2.º, no seguinte trecho: “os portugueses logo constataram que haviam sofrido tantas baixas e perdas de munição, que Fidié se viu obrigado a mudar seu plano”, omitiu-se, tendenciosamente, a forma como o comandante português perdeu as suas armas, não haverei de usar de minhas palavras para explicar o ocorrido, prefiro usar as de Pereira da Costa, que é mais gabaritado do que eu: “Fidié levanta acampamento de Campo Maior, e segue com o seu exército para o Estanhado, à margem do Parnaíba, em demanda ao território maranhense, onde lhe parecia mais segura a sua situação. Levara-o a essa resolução o roubo de uma parte de sua bagagem de guerra, com o que perdeu munição, armas, dinheiro e os despojos da vila de São João da Parnaíba”. Tal fato aconteceu, portanto, três dias após o massacre no Jenipapo. A revista, então, torno a dizer, omitiu o roubo das munições e das armas, querendo, com isso, distorcer os fatos como se as baixas tivessem ocorrido no próprio ambiente de guerra. Verdade seja dita: A forma com que a remanescente tropa brasileira agiu após seu fracasso, saqueando, às surdinas, os portugueses, foi uma atitude covarde e indigna que quebrou um código de guerra ético e milenar. Chega a ser piada o trecho que diz “aparente vitória”.
Só neste pedaço de chão, espremido entre dois estados imperiosos, se foi capaz de incluir, em consagração, uma data tão funesta e fracassada no desfraldar de uma bandeira que agora tremula todos os dias, por ignorância ou incompreensão, um dia de glória que nunca existiu, uma batalha cujo saldo rendeu aos piauienses incontáveis mortes e destruição de famílias inteiras, onde homens quase desarmados, contando apenas com a coragem, a raça, o impulso e o desespero, se atiraram, sem espada e sem escudo, contra uma gama de soldados treinados e fartamente munidos de artilharia. O 13 de março deveria ser uma data dedicada ao silêncio, ao devotamento e à rogação, portanto, lutuosa, e não transgredida em fulgor e algazarra como a fazem, extirpando, neste ato, a única recompensa que aqueles homens tiveram por todo o esforço e bravura, o sossego.
Não nos espantemos, o Piauí tem dessas coisas estranhas, o piauiense, en-soi, é estranho: Orgulha-se de uma data onde Portugal exterminou os alados suspiros independentistas, e vai às ruas, digo, às casas legislativas, com a face tingida de um sangue sofrido e alheio, argumentar em favor de uma batalha que nos desacreditou a esperança e causou pavor. Com a data em nossa bandeira, que se espalha de norte a sul no estado, terminamos de assinar o maior atestado perissodáctilo de uma consciência subordinada e colona.
            Vai-se, pois, um representante nosso, com pouco ou quase nada a fazer, aludir o feito dos portugueses como vitória nossa, querendo com isso que o Brasil, assim como o Piauí, caia na chacota mundial. Querer o 13 de março como data nacional é burlar a história e exemplificar, falsamente, a literatura, utilizando-se do argumento que até troianos, em paga de uma humildade desmedida, celebrizaram o massacre grego de Troia, captando de forma imperiosa a essência de um glorioso momento malogrado como orgulho seu.
            Em se tratando de Brasil, em que tudo se pode e nada se diz, não será mesmo muito difícil que aprovem, afinal, após uma meia dúzia terem fugido do massacre e, na calada da noite, de um dia seguinte, saquearem as tropas portuguesas, fizeram jus ao título que nos confere a honra de brasileiro, primitivamente construído no decorrer dos tantos séculos da chegada de degredados que não podemos imaginar, sequer, nos gibis... É isso! Para um espírito bandido em uma batalha vergonhosa, um político sem princípios e uma argumentação mentirosa.
            Repito, lugar nenhum do mundo comemora e celebriza um feito perdido, senão o Piauí e, a caminho, o Brasil. Os nossos sinceros parabéns, o importante mesmo é sermos pioneiros, seja lá do que for... Que os anais da história, mais uma vez, nos celebrize como tal!

H. Maranhão
Crônica desenvolvida para a edição de número 42 (mês de abril)
do jornal Piaguí da Parnaíba


Edição Blog do Pessoa 

LEITOR: Brinccando com a Lua

O fotógrafo profissional e jornalista científico, Laurent Laveder criou a série Moon Games, composta por diversas imagens que mostram pessoas interagindo com a Lua.

Capturando as cenas por um ângulo específico, o artista faz parecer que o satélite está realmente ao alcance das mãos dos homens e mulheres que, posando para as lentes do artista, brincam de jogá-lo para cima, ou pousá-lo na xícara de café.

Especializado em fotos do céu, Laveder faz parte do coletivo The World At Night, que reúne 30 dos melhores astrofotógrafos do planeta.

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Parnaíba: tenente ameaça prender sargento

Policiais atuanado no Troca-Troca em Parnaíba

A confusão teria se dado quando o sargento (Comandante de RP) indagou o tenente sobre os coletes balísticos para sua equipe. A resposta foi que ‘se o Estado não dá condições, a gente trabalha com que a gente tem”.

Diante da negativa, o sargento se recusa a assumir o serviço de RP alegando a falta de equipamento de proteção individual. Logo porque, a poucas semanas, um companheiro foi salvo por estar usando colete. (vale ressaltar que este oficial não sai sem colete mas, os outros podem) Daí, na frente do restante do efetivo o tenente ameaça o sargento de prisão por se recusar a trabalhar sem colete. (é de praxe desse oficial quando lhe faltam argumentos ameaçar os subordinados de prisão)
Após alguns minutos apareceu um outro oficial e trouxe os coletes para a guarnição. No entanto, os policiais que participaram de ’arrastão’ esta noite, todos saíram as ruas sem coletes balísticos, e, segundo informações, não tinha arma para todos que estavam de serviço.

Por Solado.pi/Blog LE
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Esplendor e encanto marcam a noite de coroação da Miss Parnaíba 2011

Lídia Vieira coroada Miss Parnaíba 2011
  A noite de ontem, na cobertura do hotel Delta, a Miss Parnaíba 2011, Lídia Vieira, foi coroada. A solenidade, que contou com o apoio direto da Secretaria Municipal de Turismo, teve a participação de ex-misses, a citar: Priscila Cordeiro (Miss Parnaíba 1999, Miss Regata e 5.ª colocada no Miss Piauí no mesmo ano, e Musa Verão Meio Norte 2003), Patrícia Oliveira (Miss de Ilha Grande 2010), Eliane Fontenele (Miss Parnaíba 2008, Miss Comerciária e Miss Simpatia Piauí no mesmo ano) e Angélica Mazulo (Miss Estudantil 2011); além dos misteres: Thiago Leão (Mister Estudantil 2011) e o primeiro representante Mister da cidade de Parnaíba, Joelson Freitas Vieira, eleito este ano.
 
Segundo o secretário, Arlindo Leão, “uma cidade com o porte de Parnaíba não podia continuar como estava, sem um evento à altura que coroasse as representantes da beleza parnaibana. O dia de hoje marca uma retomada de forças, que consagrará, como acontecia há alguns anos, nossas misses a nível estadual, e por não dizer nacional”, afirmou para o público que contava com presença de autoridades diversas, como empresários da rede hoteleira, do trade turístico, secretários municipais, vereadores e lideranças políticas, como o ex-senador Mão Santa, acompanhado de sua esposa, Adalgisa de Moraes Sousa.  
Lídia Vieira, a Miss Parnaíba 2011, fica em Parnaíba até o dia 27 de abril, quando viaja para Teresina para concorrer o Miss Piauí, que acontecerá no dia 28 do mesmo mês, com cobertura ao vivo pela TV Cidade Verde de Teresina.

SETUR
Edição Blog do Pessoa

Jovens tentam fugir após acidente na Chagas Rodrigues

O acidente aconteceu por volta das 23:00h deste sábado (26). Um cross fox preto de placa NIC 4055 colidiu com um poste na Av. Governador Chagas Rodrigues. No veículo estavam quatro rapazes que se deslocavam no sentido beira rio.
O acidente aconteceu na Av. Chagas Rodrigues, próximo ao Hotel Cívico. Segundo testemunhas, eles estavam em alta velocidade quando perderam o controle e colidiram no poste que estava do outro lado da pista. Com o choque, fios de alta tensão se partiram e parte da região ficou sem o fornecimento de energia elétrica.
Os rapazes que estavam no carro foram flagrados retirando o veiculo do local. Uma guarnição da policia militar foi acionada e os interceptou na avenida Getúlio Vargas, na esquina do SESC. A Eletrobrás também foi chamada e já estava no local para recuperar o fornecimento de energia elétrica.


Por: Francisco Brandão/proparnaiba.com
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Mega-Sena sai para apostas de SP e GO

Ganhadores são das cidades de São Paulo e Goiânia.
O prêmio estava acumulado em R$ 39 milhões.

Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 22 milhões neste sábado (Foto: Nathália Duarte/G1) 
Dois apostadores ganharam R$ 19 milhões cada
 
Duas apostas acertaram as seis dezenas sorteadas pela Caixa Econômica Federal (CEF) neste sábado (26), pelo concurso 1.269 da Mega-Sena. O prêmio estava acumulado em R$ 39 milhões.
Cada aposta levará R$ 19.413.790,51. Os ganhadores são das cidades de São Paulo e de Goiânia.
Confira os números sorteados: 04 - 05 - 15 - 17 - 27 - 51
Segundo a Caixa, 200 apostas acertaram cinco números e cada uma vai receber o equivalente a R$ 15.726,72. Outras 15.111 apostas acertaram quatro números e cada uma receberá R$ 297,35. A arrecadação total foi de R$ 53.724.824.
O sorteio foi realizado em Luziânia (GO).
De acordo com a Caixa, a previsão do prêmio para o próximo concurso, que será realizado na quarta-feira (30) é de R$ 17 milhões.

Do G1, em São Paulo
Edição Blog do Pessoa  

26 de mar. de 2011

Secretaria de Saúde versus CTB

Boa tarde Senhor Carlson.

Refiro-me ao artigo "AS LEIS, O DESRESPEITO E OS PARNAIBANOS", publicado por Blog do Pessoa na data de 14/02/2011 às 07:38, no qual foi mostrado um carro da SAÚDE flagrado estacionado irregular na Praça Antônio do Monte, frente ao Hemocentro, em discordância ao CTB, art. 181- VIII - Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada à pedestre, sobre ciclovia ou ciclo-faixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, ramados ou jardim público:
Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.

Reincidiu-se o fato hoje 26/03/2011 por volta das 11horas; o carro de placa Piauí NIE-9882 estacionou novamente irregular, como as fotos comprovam. Se fosse um de nós, os agentes de trânsito correriam de passos largos para nos multar, mas nem estão aí quando se trata de um veículo do governo, disse um moto-taxista indignado.   

Abraço forte e bom fim de semana, extensivo aos seus familiares e sensatos leitores.    


Por Josef Anton Daubmeier
Edição Blog do Pessoa

Alguém tem o direito de achar o Piauí um “c…”?



Colunistas aqui e ali se ocupam de denunciar o que chamam “marcarthismo” na cultura, na imprensa e no pensamento. A escolha da palavra já indica um alinhamento ideológico de origem. O senador americano Joseph Raymond McCarthy (1908-1957) tornou-se célebre pelo combate aos comunistas. Logo, os que vêem o tal “macarthismo” no Brasil acusam uma suposta patrulha “de direita” no país. Questionar as regras estúpidas do Prêmio Jabuti — que, finalmente, mudaram — e a concessão de láureas a um mau escritor como Chico Buarque seria, então, expressão desse “macarthismo”. Afinal, Chico se diz de esquerda; sendo assim, seus críticos só podem ser de extrema direita. Como jamais será criticado pela própria esquerda por causa do compadrio, tem-se que o homem deve ficar acima de qualquer juízo, como nem Jesus Cristo almejou ou conseguiu. Até o capilé oficial para Maria Bethania declamar “Batatinha, quando nasce…”, naquele misto de emocionalismo e condoreirismo carcará, tem de ser aceito pela brasileirada. Algumas pessoas seriam dotadas, parece, se uma inata superioridade moral, que as tornaria aptas a enfiar a mão nos cofres públicos ou a desafiar critérios elementares da lógica.
De fato, o que está em baixa no país é a liberdade de expressão. Ainda convivemos mal com esse fundamento da democracia. Na semana passada, participei de um seminário no Instituto Millenium sobre o tema. Tratei dos malefícios da patrulha “politicamente correta”, que é a forma mais perversa de censura porque feita, em tese, em defesa das “minorias exploradas”. Estamos diante do que seria a “Exceção Moral”, vale dizer: todos amamos a liberdade, à direita e à esquerda, dos liberais aos socialistas; em tese, vigoram os artigos 5º e 220º da Constituição. Mas calma, lá! No caso dos “oprimidos”, bem…, no caso dos oprimidos, há a “exceção moral”: para defendê-los,  é aceitável que se  violem esses artigos em nome da reparação histórica — ou sei lá que diabo se queira argumentar.
Esse juízo perturbado já chegou ao Supremo Tribunal Federal. O ministro Ayres Britto, na sessão que decidiu o marco inicial da aplicação da Lei do Ficha Limpa, afirmou com todas as letras: “Os direitos individuais estão sendo usados para esvaziar os direitos coletivos”. É mentira! Está acontecendo o oposto: os direitos coletivos — “cotas”, por exemplo — estão sendo usados para esvaziar os direitos individuais. Todos eram iguais perante a lei. Não são mais. Pois bem. Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida:
*
A Assembléia do Piauí cancelou na manhã de hoje a apresentação da peça “Fique Frio” depois que um de seus atores postou no Facebook comentários que foram considerados ofensivos. A peça estava marcada para acontecer na noite desta sexta-feira no teatro da Assembléia. O cancelamento foi determinado pelo deputado Fábio Novo (PT), presidente em exercício da Assembléia. Na noite de ontem, a ator Marauê Carneiro publicou em seu perfil a frase “Estamos em Teresina, do Piauí, se o mundo tem cu, o cu é aqui”. O comentário foi apagado.
“Tive que cancelar. Pessoas ligaram protestando. No Estado só se comenta isso”, afirmou o deputado. Fábio Novo disse ainda que, se a peça fosse apresentada, seria uma desmoralização do Legislativo. Segundo a assessoria do ator, o comentário foi uma brincadeira inspirada em uma música do humorista Juca Chaves. Carneiro também pediu desculpa pelo ocorrido. “Inclusive foi um próprio piauiense (gente boa e bem engraçado, por sinal) que me contou essa historia num delicioso restaurante da cidade”, afirma o ator em carta.
Para o deputado, a desculpa do ator piorou a sua situação. “Lamento que isso tenha acontecido.” A produção da peça, que tem como ator principal o global Kayky Brito, afirma que vai negociar com a Assembleia o cancelamento do aluguel do teatro. Segundo a produtora, parte dos ingressos já foi vendida. No Facebook, uma comunidade que já conta com mais de 740 pessoas promete fazer uma “ovada” no ator no aeroporto da cidade.
Voltei
Sei pouco sobre o Piauí, confesso, além daqueles índices do IBGE, nada abonadores. A primeira referência, pra mim, é o poeta mais elaborado do século 20: Mário Faustino, um gigante. Nesse quesito,  entendo, nada se iguala ao Piauí. É o primeiro!  A segunda, numa outra faixa, é o letrista Torquato Neto. O fato é que boa parte dos piauienses tem motivos para achar aquele estado um “cu”, tomado o substantivo como metáfora de coisa ruim. Aliás, boa parte dos paulistas tem motivos para dizer o mesmo de São Paulo; boa parte dos cariocas, o mesmo do Rio, assim como os mineiros, de Minas, e, obviamente, os brasileiros, do Brasil!
“Ah, piauiense pode falar mal do Piauí; paulista, de São Paulo, e carioca, do Rio, mas gente de fora tem de ficar quieta!” Por quê? Aliás, há um troço curioso nesses casos: quanto mais adversas são as condições de vida para boa parte da população, mais se açula o espírito bairrista, mais as pessoas se zangam com a crítica, mais defendem o indefensável.
Não, eu não acho que a linguagem empregada pelo tal ator seja a melhor possível, não como expressão, sei lá, de uma crítica orientada segundo os critérios da economia política. Mas era só um cidadão dizendo suas bobagens no Facebook, como fazem milhões de pessoas hoje em dia. É claro que algumas pessoas podem se zangar com isso e também têm o direito de se expressar. No limite, podem tentar organizar um boicote à sua peça. É coisa típica de caipira ressentido, mas vá lá… Proibir, no entanto, como fez o deputado petista, a apresentação do espetáculo? Aí estamos diante de uma manifestação típica de ditaduras.
E aqueles que pretendem promover uma “ovada” contra o ator? Bem, entendo que se trata de uma agressão e, como tal, de um crime. Mas que, se realizada, tende a ser tolerada, quem sabe em nome da “liberdade de expressão”… Se essa gente está brava, deveria é se esforçar para deixar claro que o Piauí não é um “cu” no que se refere, ao menos, aos direitos fundamentais garantidos pela Constituição.
Eu nem sei quem é esse tal Marauê. Sei que o deputado petista Fábio Novo se comporta como um dinossauro, um censor, um agente da ditadura. A única coisa que caberia a um democrata seria garantir a segurança para a apresentação da peça. O teatro até poderia estar às moscas, como conseqüência da revolta de alguns piauienses. Os indignados poderiam demonizar o ator à vontade no Facebook, demonstrando, se quisessem, que nada há no mundo tão bom quanto Teresina…
Há, sim, uma tentação macarthista no Brasil. Inventamos o macarthismo do bem, o macarthismo da inclusão, o macarthismo da igualdade, o macarthismo da justiça social, o macarthismo dos oprimidos. Em nome desses valores, se preciso, o Brasil censura, discrimina, sataniza…
O general Figueiredo mal sabia como estava revelando a alma de certos democratas quando indagado sobre o que faria se alguns setores, no país, reagissem mal à abertura democrática. Ele não teve dúvida: “Eu prendo e esfolo”. Muita gente respirou aliviada. Se é assim, então a abertura é pra valer…

Por Reinaldo Azevedo
Edição Blog do Pessoa 
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