4 de dez. de 2025

Correios entram em estado de greve em SP e indicam paralisação nacional


Os trabalhadores dos Correios em São Paulo decidiram entrar em estado de greve após assembleia realizada nesta semana, com possibilidade de paralisação no dia 16 de dezembro. A categoria também confirmou participação em duas mobilizações nacionais previstas para os próximos dias: uma caravana a Brasília no dia 9 e um ato unificado no dia 10.

A assembleia, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (SINTECT-SP), reuniu grande número de funcionários que avaliaram os impasses nas negociações e definiram os próximos passos do movimento. O presidente do sindicato, Elias Diviza, afirmou que a união da categoria será um elemento importante diante do momento enfrentado pelos Correios. Segundo o SINTECT-SP, o indicativo de greve surgiu após dificuldades nas conversas envolvendo direitos trabalhistas e condições estruturais nas unidades.

A mobilização ocorre enquanto os Correios atravessam uma das crises mais profundas dos últimos anos, marcada pelo fechamento de agências em diferentes regiões do país, perdas financeiras consecutivas e um amplo plano de reorganização interna. A estatal tenta viabilizar um empréstimo de R$ 20 bilhões, já aprovado internamente, que deve financiar diversas ações consideradas essenciais para a continuidade das operações. O plano segue em análise pelo Tesouro Nacional, etapa necessária antes da publicação do decreto que autorizará a operação.

De acordo com a proposta de reestruturação, o pacote financeiro prevê corte de R$ 2 bilhões em despesas, o que inclui redução de pessoal e o fechamento de até mil agências. A venda de imóveis ociosos também integra o projeto, com expectativa de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão. A estatal planeja ainda ampliar serviços por meio de parcerias com empresas privadas, buscando ampliar a atuação em setores estratégicos.

Uma parte significativa dos recursos será destinada ao pagamento de um plano de demissão voluntária que mira a saída de aproximadamente dez mil trabalhadores. O restante do montante deve ser utilizado para quitar dívidas acumuladas, compromissos com fornecedores, sentenças judiciais e obrigações previdenciárias.

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