Um novo projeto de lei apresentado nesta quarta-feira (12) na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) promete mexer com o calendário e, possivelmente, com o humor de muita gente. A proposta busca transferir para as sextas-feiras todos os feriados que caírem entre terça e quinta, com o objetivo de acabar com os famosos “dias enforcados” e os feriadões prolongados.
Segundo o texto, a mudança valeria para feriados nacionais e estaduais, com exceção de datas simbólicas e históricas — como Natal (25/12), Ano Novo (1º/1), Dia do Trabalhador (1º/5) e Dia da Independência (7/9), que continuariam sendo celebrados em seus dias tradicionais.
O argumento dos autores é de que os feriadões “picados” atrapalham a produtividade e a economia, especialmente em setores que não conseguem operar de forma plena nesses períodos. A ideia seria manter uma rotina mais estável durante a semana e concentrar o descanso no fim dela.
Mas, como era de se esperar, a proposta divide opiniões. De um lado, quem apoia acredita que isso ajudaria empresas e órgãos públicos a manterem o ritmo de trabalho. De outro, há quem veja a medida como um golpe contra o turismo e o lazer, já que os feriadões são responsáveis por movimentar hotéis, restaurantes e destinos turísticos em todo o país.
Se a proposta avançar, o Brasil pode entrar para a lista dos países que “organizam” seus feriados para favorecer o planejamento — algo comum em algumas nações europeias. Mas, por aqui, o assunto promete render muito debate. Afinal, mexer com feriado é quase mexer com uma tradição nacional.



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