Interrupções no fornecimento afetam escolas, unidades de saúde e milhares de famílias; especialistas defendem que outros prefeitos sigam o exemplo e busquem reparação judicial
O prefeito de Castelo do Piauí, Júnior Abreu (PT), ingressou com uma ação civil pública contra a empresa Águas do Piauí, concessionária responsável pelo abastecimento de água no município. A medida foi tomada após uma interrupção generalizada no fornecimento, que deixou diversos bairros sem água e causou graves transtornos à população e ao funcionamento de serviços públicos essenciais, como escolas, postos de saúde e repartições municipais.
A ação foi ajuizada no último 8 de outubro, pelo procurador do município, Jorge Ricardo Nogueira. O prefeito argumenta que o colapso no sistema de abastecimento compromete a qualidade de vida dos moradores e configura falha grave na prestação de um serviço essencial.
O caso de Castelo do Piauí pode inspirar outros gestores municipais a recorrer à Justiça. Em Parnaíba, por exemplo, o prefeito Francisco Emanuel (Progressistas) enfrenta problemas semelhantes — e, em alguns bairros, ainda mais graves. Moradores do São Vicente de Paula, Raul Bacelar, dois dos maiores bairros da cidade, relatam que o fornecimento é irregular e, em algumas áreas, inexistente há dias.
Na zona rural, o cenário é crítico: quase toda a região permanece sem acesso à água tratada, com poucas exceções, como a comunidade Baixa da Carnaúba e o KM 16, que também sofre com falta de abastecimento regular. Segundo moradores, as promessas de melhoria vêm se repetindo há anos — primeiro com a antiga Agespisa e agora com a Águas do Piauí.
Diante da gravidade da situação, cresce a expectativa de que o prefeito Francisco Emanuel siga o exemplo do colega de Castelo e ingresse com ação judicial contra a concessionária, em defesa do direito da população ao acesso contínuo à água potável.


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