Após ter sido autorizado pela Justiça Federal, nessa terça-feira (07), o edital que previa a oferta exclusiva de 80 vagas no curso de Medicina para integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), foi suspenso nessa quarta-feira (08).
O documento, que não
exigia a realização de vestibular, foi suspenso em decisão liminar pelo juiz
Ubiratan de Couto Maurício. O início das aulas estava previsto para o dia 02 de
dezembro, na Universidade de Pernambuco (UFPE).
O autor da ação que
resultou na suspensão do edital, o vereador de Recife Thiago Medina (PL),
publicou um vídeo questionando o mérito dos possíveis aprovados. "Não tem
que fazer cursinho, não tem que fazer Enem, não tem que se matar de estudar.
Basta você entrar para o MST que vai virar médico”, disse. A atual suspensão
foi convedida sob alegação de que não há lei que autoriza a regra fixada.
Primeira suspensão
A Justiça Federal de
Pernambuco já havia suspendido o edital no dia 01 deste mês, 20 dias após sua
publicação, sob alegação de que a regra colocaria os elegíveis às 80 vagas
acima dos cotistas negros e estudantes de escolas públicas, por dispensar
vestibular, além de destacar que os membros do MST "não podem ter acesso
ao Ensino Superior formal diferentemente do devido legal seletivo exigido para
os demais estudantes".
Outras críticas ao
edital
O Conselho Regional
de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE), bem como o Sindicato dos Médicos
de Pernambuco (Simepe), a Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e a Academia
Pernambucana de Medicina (APM) divulgaram uma nota onde ressaltaram que “a Constituição
Federal, em seu artigo 206, assegura a isonomia e a igualdade de condições para
o acesso às universidades públicas, princípio que deve nortear todas as formas
de ingresso no ensino superior”.


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