Políticos e movimentos de direita reagiram à presença de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque nos protestos contra a anistia realizados neste domingo (21). Para eles, há contradição no posicionamento dos músicos, que nos anos finais da ditadura militar defenderam a anistia como parte do processo de redemocratização do país.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante,
ironizou Caetano Veloso nas redes sociais, chamando-o de “comunista hipócrita”.
Já o ex-deputado Deltan Dallagnol afirmou que a mobilização de artistas contra
o perdão aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro expõe um discurso seletivo,
além de reforçar que a relatoria do deputado Paulinho da Força pode enterrar de
vez o projeto no Congresso.
Entre os críticos também está o movimento Advogados de Direita Brasil, que
classificou a atuação dos artistas como alinhamento a uma “justiça seletiva” e
lembrou que a Lei da Anistia de 1979 contemplou opositores, artistas,
sindicalistas e agentes públicos. Para o grupo, negar a anistia hoje representa
“memória curta e conveniência longa”.
As discussões se intensificam porque o PL de Jair Bolsonaro
defende que o texto aprovado inclua não apenas condenados do 8 de janeiro, mas
também o próprio ex-presidente. Para seus aliados, a anistia deve ser vista
como gesto de pacificação nacional, assim como ocorreu no fim da ditadura.



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