A decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter o número atual de vagas na Câmara dos Deputados para as eleições de 2026, foi recebida no Piauí como mais do que uma vitória jurídica: um verdadeiro presente antecipado para a classe política do estado.
Sem a intervenção do magistrado, o Piauí perderia duas de suas dez cadeiras a partir de 2027 — uma redução de 20% na representação federal, que teria impacto direto no volume de milhões em emendas parlamentares destinadas ao estado.
O que está em jogo vai muito além da ocupação de cargos em Brasília: trata-se da capacidade de garantir recursos para obras, custeio da saúde, educação e infraestrutura. Nesse cenário, a decisão de Fux funciona como um escudo protetor, dando ao estado uma sobrevida de quatro anos para planejar estratégias e mitigar os efeitos da futura redução, agora adiada para 2030.
A fundamentação do ministro vai além dos interesses regionais. Fux destacou a importância da segurança jurídica, ao acatar o pedido do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, e suspender os efeitos da decisão anterior do STF (ADI 38), que determinava a redistribuição imediata das vagas com base no Censo 2022.
Assim, a bancada piauiense segue com 10 deputados federais até o próximo ciclo eleitoral, preservando sua influência política e capacidade de articulação no Congresso Nacional.



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