8 de ago. de 2025

STF pode liberar participação de crianças em paradas LGBTQIA+


O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir nesta sexta-feira (8) sobre a constitucionalidade da lei do Amazonas que proíbe a participação de crianças e adolescentes em paradas LGBTQIA+ no estado. Até o momento, quatro ministros, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Cármen Lúcia, já votaram a favor de derrubar a norma, que foi sancionada em 2023 sob o argumento de proteger menores de exposições consideradas impróprias, como nudez e manifestações eróticas.

A legislação amazonense, baseada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelece multas de até R$ 10 mil por hora para quem permitir a entrada de menores em eventos desse tipo, exceto quando houver autorização judicial. Para os críticos, a norma promove exclusão social e reforça estigmas contra a comunidade LGBTQIA+. O PDT e entidades como a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH) contestaram a lei no STF, apontando caráter discriminatório e homotransfóbico.

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, destacou que impedir a presença de crianças e adolescentes nas paradas limita o pluralismo previsto na Constituição, ao negar o convívio com a diversidade. O julgamento ocorre remotamente e ainda depende dos votos de outros ministros para definir o resultado final. Caso pelo menos dois ministros adicionais concordem com o relator, a lei será declarada inconstitucional.

Se a lei do Amazonas for derrubada, a decisão poderá servir como precedente para invalidar outras legislações semelhantes em diferentes estados do país. Até o fechamento da matéria, aguardava-se o voto dos ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso para a conclusão do julgamento.

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