A ação faz parte de um esforço coordenado das forças de segurança para desarticular esquemas de corrupção eleitoral e coibir a infiltração do crime organizado no cenário político. A operação tem como foco a apuração de suspeitas de compra de votos, coação de eleitores e o uso de recursos ilícitos para financiar campanhas políticas na capital piauiense.
A investigação apontou que Medeiros mantém um relacionamento com Alandilson Cardoso Passos, um dos alvos da Operação Denarc 64. Passos possui um extenso histórico criminal, incluindo acusações de tráfico de drogas, roubo qualificado e posse ilegal de armas, além de supostas ligações com facções criminosas atuantes em Teresina.
O Instituto Vamos Juntos, fundado pela vereadora, também foi alvo de buscas da Polícia Federal durante a operação. Na ocasião, foram apreendidos R$ 100 mil em espécie, reforçando as suspeitas de uso de dinheiro ilícito no financiamento de campanhas políticas.
Tatiana Medeiros, eleita pelo PSB com cerca de 3 mil votos, sempre destacou seu ativismo social e religioso, utilizando seu instituto para atender famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, as investigações revelam que a entidade pode ter sido usada como meio para viabilizar repasses financeiros irregulares.
Além da prisão da vereadora, a Polícia Federal realizou buscas em outros endereços relacionados à investigação. O nome de Medeiros já havia sido citado anteriormente em inquéritos sobre a influência de facções criminosas nas eleições municipais de 2024.
O contexto político da parlamentar também sofreu abalos. No dia 31 de março de 2025, o diretório municipal do PSB em Teresina decidiu afastá-la da secretaria-geral do partido e instaurar um processo na comissão de ética, visando preservar a imagem da sigla diante das investigações.
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