As investigações da Polícia Civil do Piauí permitiram aos policiais identificar que os alvos da Operação Personagens, deflagrada nesta sexta-feira (04) nas cidades de Parnaíba, Luís Correia (PI) e Imperatriz (MA), utilizavam imagens de moradores de rua para confeccionar documentos com dados de outras pessoas, a fim de obter empréstimos e benefícios previdenciários de forma fraudulenta. Os golpes geraram prejuízo de mais de R$ 12 milhões.
O delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, explicou que com isso o grupo lograva êxito nos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
“Por que ‘personagens’? Porque os líderes dessa organização
criminosa elegiam pessoas, os laranjas, e montavam o personagem, pegavam dados
de alguém que tem crédito no sistema financeiro, um cidadão que tem o nome
limpo e montavam um documento com o rosto da pessoa de rua recrutada, que
recebia uma comissão para participar do golpe”, afirmou Anchieta Nery.
Segundo o delegado Abimael Silva, que também participou da investigação, essas pessoas recrutadas, além de fornecer as fotos para confecção dos documentos, também cediam a imagem para a verificação em duas etapas, exigida pelas instituições bancárias. “Esse personagem, além de fornecer a fotografia para o RG falso, também fornecia a imagem para o reconhecimento facial, para autenticação de abertura de contas digitais e para contratação de empréstimos consignados de forma online. Essa foi uma brecha que eles encontraram em alguns sistemas bancários”, frisou o delegado.
A operação
visou o cumprimento de 27 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em
Parnaíba, Luís Correia, além de cidades do Maranhão e na Itália, onde se
encontra um investigado. Até o momento, 20 pessoas foram presas.
O investigado, que se encontra na Itália, teve o nome inserido na
Difusão Vermelha da Interpol.(GP1)
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