Muito além de um posto figurativo, a função de vice tem sido vista como o trampolim natural para a sucessão de Rafael — e nos corredores do poder, já há um top 6 cotado. Uma fonte do próprio gabinete revelou à coluna os nomes mais fortes que estão sendo analisados: Washington Bandeira (Secretário de Educação), Chico Lucas (Secretário de Segurança), Antônio Luis (Secretário de Saúde), Léo Sobral (Secretário da DER), Marcelo Nolleto (Secretário de Comunicação) e Themistocles Filho (atual vice-governador).
A seguir, quem são eles:
Washington Bandeira – Secretário de Educação
Ex-juiz do Trabalho no TRT da 22ª Região, Washington Bandeira acumulou vasta experiência no Judiciário, atuando como coordenador pedagógico da Escola Judicial, presidente da Amatra XXII, e juiz auxiliar da Presidência no CNJ. Graduado em Direito pela UnB, com pós-graduação pela PUC-SP e mestrado pelo IDP, é também professor do ensino superior.
Filho de professora da rede estadual, Bandeira se autodeclara “produto da educação”, o que o motivou a trocar uma carreira consolidada na magistratura para assumir a Seduc. Segundo ele, a decisão foi movida pela confiança de Rafael Fonteles em seu perfil técnico. No governo, é visto como um nome técnico com viés político em construção. Deixou o judiciário para se dedicar a educação do Piauí.
Chico Lucas – Secretário de Segurança Pública
Chico Lucas tem uma das trajetórias mais precoces da política local. Aprovado para medicina aos 16 anos, optou pelo Direito e, aos 25, tornou-se o mais jovem procurador do Estado, antes também atuou como policia rodoviário federal. Também foi presidente da Associação dos Procuradores e da OAB-PI, onde marcou sua atuação com postura firme e modernizadora.
No Governo Wellington Dias, comandou o Interpi. Em 2022, coordenou a campanha vitoriosa de Rafael ao governo, e hoje é titular da Segurança Pública, tendo como marca o enfrentamento direto às facções criminosas. É considerado um nome com perfil de gestor, articulador e bom de mídia.
Antônio Luiz – Secretário de Saúde
Servidor de carreira da Sefaz-PI, onde atua desde 1994, Antônio Luiz construiu sua trajetória dentro da máquina pública. Foi superintendente do Tesouro Estadual, da Receita e de Gestão, além de já ter atuado na Sefaz do Ceará e servido por mais de uma década na Força Aérea Brasileira.
Assumiu a Sesapi com o desafio de fortalecer a rede pública e reorganizar o sistema. Mesmo com um perfil técnico mais discreto, seu nome é lembrado como alguém de confiança absoluta do governador e profundo conhecedor da estrutura estatal.
Leonardo Sobral – Diretor do DER
Advogado e especialista em Direito Tributário pela FGV, Sobral passou por cargos importantes na gestão estadual e municipal. Coordenou o Programa de Combate à Pobreza Rural, dirigiu o planejamento da Saúde de Teresina e, desde 2019, comandou o IDEPI, onde entregou obras hídricas como a adutora do litoral e liderou ações em barragens e estradas.
Atualmente, à frente do DER, tem sido o principal responsável pelas obras de recuperação de rodovias no estado. Seu perfil técnico é somado a um bom trânsito político, sendo um nome de confiança de Rafael para missões de infraestrutura.
Marcelo Nolleto – Secretário de Comunicação
Servidor público federal, formado em Direito, Marcelo Nolleto iniciou sua carreira como analista judiciário no TRT-PI e seguiu como assessor na Sefaz e secretário de Governança no próprio tribunal. Ganhou projeção no governo como secretário de Governo e agora ocupa a Comunicação, onde comanda a estratégia de imagem e articulação midiática da gestão.
Natural da tradicional família Noleto, com raízes em Carolina-MA, é visto como um quadro de perfil técnico-político, com ascendência sobre setores estratégicos do governo e o respeito de Rafael Fonteles.
Themístocles Filho – Vice-Governador
Veterano da política piauiense, Themístocles Filho é advogado e iniciou sua trajetória como vereador de Teresina em 1982. Desde então, acumulou mandatos como deputado estadual e foi presidente da Assembleia Legislativa por quase duas décadas, tornando-se o parlamentar mais longevo da história recente do estado no comando da Alepi.
Atual vice-governador, é o nome tradicional do MDB no governo. Embora tenha forte influência política, a expectativa é de que sua permanência na chapa majoritária dependa das negociações com a base aliada — e da disposição do grupo em renovar a composição com nomes menos convencionais.
A escolha do vice de Rafael Fonteles será estratégica, considerando a possibilidade de continuidade do projeto político do atual governo. Enquanto o governador mantém o silêncio, os bastidores seguem movimentados, e os nomes acima ganham força nas discussões internas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.