A falta d’água é uma dor de cabeça constante no dia a dia do Parnaibano. Bairros inteiros sofrem com a falta de abastecimento, colocando em risco a saúde e o bem-estar da população. Em muitas regiões as oscilações no abastecimento chegam a durar dias e até semanas.
No bairro Simplício Dias, o pedreiro Martins Alves busca água da piscina para não adiar a obra. “Para continuar a obra a gente pega da piscina porque não tem água e usa para amassar a massa, para cimento, para argamassa”, relata.
Já na comunidade Olho d’água, além da falta de água há cerca de uma semana, a água que a população tem acesso é direto do Rio Portinho, com baixa qualidade o que coloca em risco a saúde das famílias na região. “A gente não tá tendo água para beber, para banhar, para fazer nossas coisas. A situação está muito séria. O talão chega e a gente paga tudo em dia, tudo certinho e a gente não tá sendo valorizado. Quando a água chega é uma água de péssima qualidade. Até quando vamos ficar nessa situação?”, questiona Leandro Franco, morador da comunidade.
No bairro Primavera o desabastecimento também é constante. Segundo a dona de casa, Taís Santos, que tem criança e idoso em sua residência, a falta de água acontece todos os finais de semana.
“A dificuldade é que às vezes a água chega, mas não sobre para a caixa d’água. Não dá para lavar uma roupa, uma louça e fica acumulando. Quando chega a água, é em uma qualidade ruim, ela chega barrenta e a gente não pode encher as garrafas. Se a gente quiser a gente tem que encher algum balde ou bacia para ter água. E tá cada dia mais difícil. Todo mês vem a tarifa e cadê a nossa parte que é a água para nós? Como você vai pagar por uma coisa que não chega na sua casa?”, desabafa a doméstica.
Parte do desabastecimento que vem afetando a população nos últimos dias acontece devido ao estouro de uma das duas bombas de água da distribuidora. Segundo a Agespisa, a situação deverá ser solucionada ainda na quinta-feira(20).
“Atualmente só funciona uma bomba porque a outra nós estamos com problema. Essa bomba é responsável por 60% do abastecimento. A gente hoje com esses 60% estamos distribuindo com manobras. De dia a gente põe para a cidade e a noite a gente põe para os bairros mais distantes que são exatamente os que estão sofrendo mais que é a periferia. Então, a gente fez uma tentativa no sábado de uma outra bomba e ela apresentou danos. E, neste momento, temos com uma equipe com essa bomba tentando identificar o problema. Se eles conseguirem resolver o problema, o abastecimento hoje vai voltar ao normal”, garante Marcelo Carvalho, Gerente Regional Interino da GENPA.
(Nayra Macedo/PCN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.