24 de fev. de 2025

Rafael Fonteles diz que PT precisa se aproximar mais da direita


Chamado por “O Globo” de “rara liderança jovem do PT” ,o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), disse em entrevista ao jornal carioca que o partido deve se dedicar mais à defesa do governo do presidente Lula. Na fala a O Globo, o governador defende a responsabilidade fiscal, um tabu no petismo, e uma aproximação com partidos de centro-direita visando à eleição de 2026,

Na entrevista ao jornal O Globo, publicada na edição impressa deste domingo, o governador do Piauí fez uma defesa da equipe econômica liderada pelo ministro Fernando Haddad, dizendo que ela deve ser cada vez mais fortalecida. “Uma meta importante é obter grau de investimento, como qual se passa a ter acesso a crédito mais longo e barato”, diz Rafael, para quem se isso ocorrer o país vai estar “no radar de vários investidores e fundos internacionais”. 

Questionado pelo jornal sobre a dificuldade que o PT tem para defender uma política econômica mais afeita à disciplina fiscal, básica para o grau de investimento, o governador do Piauí afirmou que o PT tem muitas correntes e avisou que de sua parte está na “direção de defender a política econômica do ministro Haddad”.

O entendimento do governador é o de que o PT tem que defender o governo, “mesmo que um ou outro militante não concorde com uma ou outra política”. Ele acredita se se forem dados espaços para ampliar as críticas dentro e fora do partido, isso pode fragilizar o projeto de reeleição do presidente.

Sobre a reeleição do presidente, o governador do Piauí diz que Lula deve ser candidato. Da parte dele, nem cogita outra hipótese. “Ele está firme, com saúde. Mas é natural (que ele cogite não concorrer). Quem gosta de antecipar eleição é a oposição. Quem está no governo quer governar, porque sabe que a eleição depende das entregas”.


Ele acredita que haverá um “candidato da extrema direita”, pois considera que, “independentemente do que aconteça na Justiça com Bolsonaro, ele será um protagonista da eleição”. Diante disso, defende uma “frente ampla” como meio “importante” para “fazer um caminho para o centro procurando conversar até com a centro-direita”. “Para continuarmos representando a maioria da população, temos que nos aproximar do centro e da centro-direita”, diz.

Ante o fato de que Lula é o presidente que vai concorrer no cargo à reeleição com 80 anos de idade e ainda de que no PT a renovação de lideranças é incomum, o governador do Piauí afirmou que essas mudanças devem ocorrer a partir de 2030. Para ele, não existe plano B para substituir Lula.

“Ninguém vai ficar apostando em outro nome quando temos o melhor. Neste momento o foco total é a reeleição de Lula, e depois ele terá tempo de apresentar ao Brasil novas lideranças. Vários ministros já são naturalmente figuras nacionais. Pode ser o ministro Fernando Haddad, por exemplo”.

Fonte: Portal AZ

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