O Brasil registrou uma redução de aproximadamente 60% nos casos prováveis de dengue nas primeiras seis semanas de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 281.049 casos até 13 de fevereiro deste ano, contra 698.482 no ano passado. O Piauí acompanha essa tendência, com uma queda de 53,6% nos registros da doença. A redução é resultado do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, implementado pelo Governo Federal em setembro de 2024.
Campanha
A ministra da Saúde,
Nísia Trindade, destacou que a mobilização nacional,
envolvendo estados, municípios e a população, foi essencial para essa queda
expressiva nos números. Segundo ela, o governo segue empenhado em fortalecer a
rede de assistência para evitar novos adoecimentos. O pesquisador Claudio
Maierovitch, da Fiocruz Brasília, reforçou
a importância da conscientização da população e da estruturação da rede de
saúde para facilitar o acesso ao atendimento.
10 estados com aumento
Apesar da redução nacional, 10 estados
registraram aumento no número de casos prováveis da doença. São Paulo lidera a lista, com
164.463 registros até o momento, o que representa um crescimento de 60% em
relação a 2024. A preocupação no estado se deve à
circulação do sorotipo 3 da dengue, que não era detectado no Brasil há mais de
15 anos. A Força Nacional do SUS atua em municípios com alta incidência, como
São José do Rio Preto, para reforçar o combate à doença.
Assistência
O infectologista André Siqueira, da Fiocruz Rio de Janeiro, ressaltou
que a estruturação da rede assistencial é fundamental para evitar um grande
número de óbitos durante epidemias. Ele também elogiou a atuação da ministra da
Saúde, que tem mantido diálogo com autoridades estaduais e municipais, além de
representantes de diversas categorias profissionais, para aprimorar as
estratégias de enfrentamento à dengue.
Circulação do sorotipo
A preocupação com a circulação do
sorotipo DENV-3
não é exclusiva do Brasil. A Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas) emitiu um alerta sobre o risco de surtos na América Latina,
citando a presença do vírus em países como Argentina, Colômbia, México e Peru.
Diante desse cenário, autoridades sanitárias reforçam a necessidade de medidas
preventivas, como o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti e a busca por
atendimento médico ao primeiro sinal da doença.
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