23 de jan. de 2025

Saiba quem são os PMs presos pela Polícia Federal em Teresina


GP1 revela com exclusividade a identificação dos dois policiais militares presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (23) na Operação Conexão Cajueiro, que eram responsáveis pela logística e segurança de uma organização criminosa transnacional que realizava o contrabando de mercadorias estrangeiras por meio de portos clandestinos localizados em Cajueiro da Praia, no Litoral do Piauí. Os presos tratam-se de Anderson Lustosa de Castro e Edvaldo Oliveira Costa, ambos sargentos.

Conforme a investigação da Polícia Federal no Piauí, o grupo utilizava o estuário formado pelos rios Timonha e Ubatuba como rota de entrada das cargas, que tinham como destino principal a região da 25 de Março, em São Paulo. De acordo com as investigações, as mercadorias contrabandeadas vinham do Suriname e incluíam produtos de marcas conhecidas com indícios de falsificação, além de cigarros cuja comercialização é proibida no Brasil.

Durante as operações, foram apreendidos caminhões, embarcações e dois fuzis sem numeração de série utilizados no transporte e na logística do esquema criminoso. A Justiça Federal determinou ainda o sequestro de bens e valores que ultrapassam R$ 250 milhões, valor aproximado das movimentações financeiras identificadas até o momento.

Núcleos da organização criminosa

A organização criminosa era estruturada em quatro núcleos principais. O primeiro, situado em Cajueiro da Praia, era responsável por receber, descarregar e distribuir as cargas. O segundo, composto por empresários chineses, controlava os produtos contrabandeados. O terceiro núcleo realizava a lavagem de dinheiro por meio de pessoas interpostas. Já o quarto núcleo cuidava do transporte das mercadorias do Suriname até o Piauí, utilizando portos clandestinos na região.

Início das investigações

As investigações começaram após a morte de Raimundo José Costa Siqueira, em abril de 2022. Ele era um dos líderes do esquema e responsável pela logística no Piauí. Raimundo foi assassinado em uma disputa interna pelo controle da organização, o que chamou a atenção das autoridades e deu início à apuração. Desde então, diversas apreensões e avanços nas investigações foram realizados, expondo a complexidade e a abrangência das operações ilegais.

Os investigados, incluindo os dois policiais militares, poderão responder pelos crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.

Fonte: GP 1

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