31 de jan. de 2025

HEDA registra crescimento de 75% no número de doações de córneas, em 2024




Aumento expressivo de doações de córneas, em 2024, colocou o HEDA em primeiro lugar no estado, com 49 doações, o que representa 35,25% de todas as captações no Piauí

Com 49 doações de córneas, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), sob gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), tornou-se o líder estadual na captação desse tipo de órgão, em 2024.

Esse número representa 35,25% do total de doações de córneas realizadas no Estado do Piauí, no mesmo ano, com 139 captações. E também representa um impressionante aumento de 75% no número de doações de córneas realizadas no hospital, em comparação com o ano de 2023, quando registrou 28 captações.

“Agora, o HEDA se consolida como referência na captação de córneas na região”, destaca Nadja Miranda de Freitas, coordenadora do Núcleo de Córneas de Parnaíba. 

“Esses números refletem um avanço significativo na conscientização sobre a doação de órgãos no estado”, acrescenta.

Criado em 2020, o Núcleo de Captação de Córneas do HEDA é certificado pelo Banco de Tecidos Oculares (BTOC) do Hospital Getúlio Vargas (HGV), cujas captações são realizadas em parceria com o Instituto Médico Legal (IML) e apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

E para o ano de 2025, Wal França, diretora-geral do HEDA, anunciou a criação de uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). 

“Essa comissão será responsável por promover e coordenar o processo de doação, garantindo que seja realizado de forma ética, transparente e eficiente, respeitando os direitos dos pacientes e suas famílias”, explica.

Doação de múltiplos órgãos

Em 1º de novembro de 2024, foi realizada a primeira cirurgia de coleta de múltiplos órgãos, envolvendo a doação de um fígado, dois rins e duas córneas de um jovem de 28 anos, vítima de um acidente de moto.

Após a confirmação da morte encefálica, a família do doador autorizou a doação e enfatizou o impacto positivo dessa decisão. O procedimento foi realizado por uma equipe de 15 profissionais de saúde e durou cerca de duas horas.

“É muito reconfortante saber que o João vive em outras pessoas”, revela Fátima Castro, representante da família de João Paulo, primeiro doador de múltiplos órgãos do HEDA. “Conversem com a família sobre a doação de órgãos, essa é uma decisão que pode transformar a dor da perda em esperança para muitas pessoas”, pontua.

No ano passado, profissionais do HEDA participaram do curso Diagnóstico de Morte Encefálica, que abordou critérios essenciais, protocolos técnicos e a importância de uma comunicação ética e sensível com as famílias, o que deve “refletir diretamente no aumento das doações de órgãos em 2025, ampliando as chances de salvar vidas e transformando realidades”, acredita Nadja.

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