11 de jan. de 2025

Energia solar residencial poderá ficar mais cara com aumento de impostos

Dados da consultoria Greener apontam que o reajuste de impostos sobre placas solares pode resultar em um aumento de 13% no valor dos sistemas residenciais de energia solar no Brasil, isso agora no ano de 2025. De acordo com as informações, o cálculo leva em consideração o aumento da alíquota de impostos de importação sobre módulos fotovoltaicos, que passou de 9,6% para 25%, além da redução de 13% para 9% do benefício fiscal para exportação do governo chinês acerca de painéis solares.

Energia solar residencial poderá ficar mais cara com aumento de impostos; entenda - (Assis Fernandes/O Dia)Assis Fernandes/O Dia

Energia solar residencial poderá ficar mais cara com aumento de impostos; entenda

A análise da Greener leva em conta um sistema residencial de 4 kWp como parâmetro. É avaliado que o aumento médio seja de quase 26% nos preços médios dos módulos fotovoltaicos. Com isso, a demora no retorno do investimento aumentaria em 6,71%, passando de 3 para 3,2 anos.

Outro ponto citado pela empresa de consultoria seria acerca do frete para módulos importados da China. Conforme o compilado dos dados que estão no mercado atualmente, caso o preço FOB (Free on Board – modalidade de frete em que o consumidor assume os riscos e custos com o transporte da mercadoria) continue em alta e siga representando 13,87%, o impacto nos preços pode ser ainda maior, sendo 43,42% para os módulos nacionalizados e 22% para o kit fotovoltaico, enquanto o payback passaria para 3,34 anos.

Aumento da alíquota de importação

Em novembro de 2024, o Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) publicou uma mudança na alíquota de importação de células fotovoltaicas em resolução publicada no Diário Oficial da União. A alíquota passou de 9,6% para 25%.

A medida favorece a produção local de componentes e insumos, como células, wafers e módulos, reduzindo a dependência externa e aumentando o valor agregado no país. A expectativa do Governo Federal é estimular o fortalecimento da indústria solar nacional, contribuindo para a diversificação da matriz energética, alinhando-se aos compromissos ambientais e climáticos do Brasil.

Outro detalhe é que a medida impacta as células fotovoltaicas montadas em painéis solares, ou seja, módulos fotovoltaicos já montados. Dessa forma, a medida atende tanto a indústria nacional que fabrica células voltaicas, assim como toda uma cadeia envolvida na elaboração e implementação de projetos de painéis solares. (Ezequiel Araújo)

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