Neste 19 de janeiro de 2025, véspera do potente São Sebastião, minha amiga muito querida Miriam Castelo Branco de Moraes (1935-) celebrará os seus 90 anos de uma vida bem vivida, cujos pomares permanentes são a inteligência, a sensibilidade, e sobretudo, a sabedoria.
Diz o adágio, que se conselho fosse bom não se dava, todavia, de Miriam tive e sempre tenho as melhores e as mais verdadeiras recomendações.
Essa enlaçadura da nossa amizade é tão fecunda que a imaginação do meu leitor não alcança nem apanhará a fraternidade entre o poeta e a sua mestra.
Apego que vem de muito longe, das terras imemoriais do conhecimento, do universo do amor temporão, das geografias desconhecidas...
Miriam é uma viajante da leitura. Também uma transeunte do variado mundo, passante de culturas e de lugares extraordinários.
Ama os poetas, especialmente Cecília Meireles e Fernando Pessoa, fonte de onde recolho o mistério alegre e triste de quem chega e parte. // Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos (...) //Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
Parnaibana como eu, observa a sua terra natal de pé. Sabe de cor meandros e recônditos por experiência e vivência.
Certa ocasião, de viva voz, expressei a minha imensa admiração por Miriam Castelo Branco. O reflexo retribuído foi um gesto de carinho no meu rosto de menino. Às vezes, acenos, como esse feito por Miriam, dizem mais do que as próprias palavras, que são ricas, decerto, no entanto, Miriam compreende que o sublime é subterrâneo e silencioso, por isso, belo.
A magia do existir vem de dentro, vem do berço, vem do caminhar iluminado por trilhas eleitas, vem do bem, vem do querer... São poucos os seres humanos capazes de revelar a manifestação legítima da alma, o encanto de corresponder com brandura e com simplicidade.
Miriam Castelo Branco é proficiente nos afetos.
Professora emérita, Miriam Castelo Branco de Moraes educou gerações. Deteve o dom de ensinar e entregou o melhor de si aos seus alunos e aos seus cinco rebentos: José Filho, e a primavera duradoura nos nomes das filhas, Gardênia, Verbena, Acácia e Lobélia.
Deixou marcas e feitos incontestáveis na Educação da minha cidade, Parnaíba, no Norte do Brasil.
Rememoro, neste instante, as tardes de convivência, as andanças de afinidades e os elos de elevação do espírito ao lado de Dona Miriam, como respeitosamente venero e chamo a minha mestra.
Bem haja, nosso Deus, por toda a vitalidade de Miriam Castelo Branco, uma grandíssima senhora da Parnaíba, do Tempo e da Vida!
Diego Mendes Sousa
Brasília-DF,
14 de janeiro de 2025.
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