REMÉDIOS IMPORTADOS A Câmara dos Deputados está em uma corrida contra o tempo para evitar um aumento abrupto nos preços de medicamentos importados para o tratamento de doenças raras.
O QUE ACONTECEU:
A
Medida Provisória (MP) que isenta de impostos sobre medicamentos que não são
produzidos no Brasil perde sua validade nesta sexta-feira (25).
Com o fim da vigilância, os medicamentos importados por pessoas físicas para uso pessoal passarão a ser taxados com uma alíquota de 60% sobre o imposto de importação.
ÁTILA RELATOR
Para
lidar com o prazo apertado e garantir que a autorização fiscal seja mantida, o
líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), apresentou um Projeto de Lei
(PL 3449/2024) com o mesmo teor da MP.
A
manobra tem como objetivo acelerar a tramitação, uma vez que, ao contrário das
medidas provisórias, o projeto de lei pode ser votado diretamente em regime de
urgência, sem a necessidade de uma comissão mista.
O
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), designou o deputado Átila Lira
(PP-PI) como relator da proposta.
TRATAMENTOS AMEAÇADOS
Para
Atila Lira ( PP-PI) , o projeto é essencial para garantir o acesso a
medicamentos importados, especialmente para famílias que dependem desses
tratamentos e que não têm como arcar com a carga tributária elevada.
Ele
destacou que o aumento dos impostos poderia inviabilizar o tratamento de
pessoas com doenças graves, colocando em risco sua saúde.
EXCEÇÃO PARA REMÉDIOS
O
projeto de lei propõe a alteração do Decreto-Lei nº 1.804, de 1980, que trata
da tributação simplificada de remessas postais internacionais, e da Lei nº
14.902, de 2024, que criou o Programa Mobilidade Verde e Inovação
(Mover).
Essa
última legislação previa, inicialmente, a tributação de 60% sobre compras
internacionais, mas a MP publicada em junho trouxe uma exceção para os
medicamentos destinados ao uso individual, aliviando o custo para quem não pode
recorrer à importação por empresas, um processo que é geralmente mais caro.
Ainda
de acordo com Átila Lira ( PP-PI), a expiração da MP traria um impacto
significativo para pacientes e famílias que dependem de medicamentos
específicos.
“Esses
produtos essenciais para o tratamento de doenças raras passarão a ser onerados,
o que aumentarão os custos para pessoas que já enfrentam situações delicadas de
saúde”, enfatiza.
Ari Carvalho/MN
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