Órgãos federais não cumprem suas funções e a área de grilagem se torna uma espécie de terra sem lei.
População enfrenta capangas de grileiros com foices e pedaços de pau |
O problema já vem se arrastando há alguns anos e tem se agravado de 2018 para cá. Despejos e prisões ilegais, incêndios em casebres, ameaças, tiros, agressões físicas, chantagem, extorsão e muita confusão tem ocorrido nos últimos três anos.
Técnicos do governo do estado e auxiliares do governador Rafael Fonteles tem apontado duas soluções. A primeira seria o governo federal legalizar as áreas em disputa e segunda seria doar as terras do estado para o Instituto de Terras do Piauí providenciar a regularização, que seria a solução mais rápida e definitiva para o caso.
De acordo com fonte do governo do estado, o problema se torna mais difícil porque por trás dele haveria muita "gente grande", incluindo autoridades todos os poderes, com interesses naquelas áreas, sobretudo de Barra Grande, no município de Cajueiro da Praia.
Mas o Ministério Público Federal, a Secretaria de Patrimônio da União e a Polícia Federal precisam buscar uma saída urgente para a situação porque tem muita gente se sentindo insegura e ameaçada em suas próprias casas.
As autoridades policiais monitoram a situação e dizem que a grilagem de terras está provocando o surgimento de focos de organizações que passam a cometer outros crimes a partir da disputa pela terra.
O secretário Chico Lucas e o coronel Scheyvan Lopes |
Em busca de soluções
O governo do estado tem procurado fazer sua parte. No final do ano passado o secretário de Segurança do Estado, advogado Chico Lucas, e o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheyvan Lopes, afastaram de suas funções alguns policiais civis e militares suspeitos de prestar serviço aos grileiros.
Ainda em 2023, o governador Rafael Fonteles esteve em audiência em Brasília com ministros e técnicos do governo federal que cuidam da questão fundiária de terras da União para tentar uma solução definitiva para o problema e poder garantir a segurança, a paz e a tranquilidade no litoral do estado.
Ocorre que a ação do governo do estado não obtém resposta do governo federal e, por isso, o problema persiste. Os acusados de grilagem não recuam e agora estão recorrendo ao serviço de empresas de segurança para fazer o serviço antes feito por policiais civis e militares.
Nesta situação, além de antigos moradores e ocupantes de áreas cobiçadas, pessoas que adquiriram pequenos lotes e construíram imóveis nesses terrenos também se tornaram vítimas sem ter a quem recorrer. Ou seja: se correr o bicho pega. Se ficar, o bicho come.
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