O Ceará continua invadindo terras piauienses e também comprando propriedades para “transformar” a área em cearense.
Diálogo sobre o litígio entre Ceará e Piauí
O alerta é do deputado estadual Gil Carlos (PT), que participou na noite desta quinta-feira (7) de evento sobre o litígio entre os dois Estados, realizado pelo Instituto Mandu Ladino no campus Ininga da Universidade Federal do Piauí, na capital. O deputado estadual Ziza Carvalho (MDB) também participou.
A disputa tem mais de um século e há décadas as terras piauienses vêm sendo ocupadas gradativamente.
Hoje, o Piauí precisa reaver 3 mil quilômetros quadrados em diversos municípios da divisa entre os Estados. O marco natural é Serra Grande/Serra da Ibiapaba, mas os avanços em solo piauiense não para.
Em 2011, a Procuradoria Geral do Estado do Piauí entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, que determinou ao Exército uma medição técnica.
Gil Carlos acredita que o resultado final do Supremo sai ainda neste semestre, mas o Ceará tem força econômica e política capaz de retardar a decisão.
O ambientalista Dionísio Carvalho, que vem denunciando as recentes invasões cearenses e participou do evento na UFPI, afirma que a situação vem se agravando.
Gil Carlos acrescenta que a documentação apresentada pela PGE ao Supremo é robusta e não deixa dúvida sobre a vitória do Piauí.
Ele cita dois deles: a Lei Imperial 1312 de 1820, que delimitou as divisas, e um mais recente, de 1920, a Convenção Arbitral. Esta última ratificou a Lei. (Ari Carvalho)
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