Para Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante
Segue o rio
e a sua majestosa
correnteza
Nunca se termina
o sublime desse rio
Nunca se termina
esse rio
longínquo
que nunca termina
suas águas, seus fluidos
sonoros
remoto como a Morte
distante como o Tempo
afastado como o Amor
que nunca terminam,
esse rio, esse rio,
por terra imenso
sua alma descabida
infindo, eterno,
que nunca termina...
esse rio, esse rio,
suas vidas, seus destinos
que nunca terminam...
(o ribeirinho chega
a termo de nunca
terminar a linguagem
vista do rio)
Nunca termina a voz
desse rio telúrico
sedento do excelso
que nunca termina...
O rio Igaraçu
termina no mar do Piauí,
mas o mar nunca termina,
terminar não rima
com o oceânico,
porque o céu,
porque o abismo,
no coração fluvial,
não terminam,
porque o dedo de Deus
nunca termina,
porque a Poesia
não termina,
nem o silêncio
termina
Poema de Diego Mendes Sousa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.