A cidade de Parnaíba está ocupando uma situação preocupante no que diz respeito aos índices de criminalidade. O município piauiense ocupa a 38º posição entre as cidades brasileiras com as maiores taxas de mortes violentas intencionais em 2022. Com 46,3 mortes violentas a cada grupo de 100 mil habitantes, Parnaíba está entre as 40 cidades mais violentas do Brasil.
Parnaíba registrou 46,3 mortes violentas a cada grupo de 100 mil habitantes.
Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública que foi divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Nacional de Segurança Pública. A publicação se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, dentre outras fontes oficiais da Segurança.
Por mortes violentas intencionais, entende-se a soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e ora de serviço. A taxa de mortes violentas registrada em Parnaíba é um dos fatores que contribuíram para que a taxa de mortes violentas do Piauí subisse em 2022.
Conforme os dados do anuário, o Piauí 818 mortes violentas intencionais (MVIs) em 2022. Este é o maior número em 12 anos. Para se ter uma ideia, em 2011, o estado registrou 349 mortes violentas intencionais. O que representa um aumento de 134% nesse período.
O Piauí vem em uma curva crescente no número de mortes violentas intencionais na série histórica. O anuário mostra que, em dez anos (de 2012 a 2022), o número de mortes violentas no Estado subiu 54,6% tendo saltado de 529 em 2012 para 818 no ano passado. Somente de 2017 a 2018 que essa taxa apresentou uma redução (de 653 em 2017 para 621 em 2018). Entre os outros anos, as mortes violentas intencionais no Piauí apresentaram sempre um aumento.
Apesar deste aumento nas taxas de mortes violentas intencionais, uma modalidade de crime apresentou uma leve reduzida: os latrocínios. De acordo com o anuário, o Piauí teve 38 latrocínios em 2021 e 25 em 2022. A redução de um ano para outro foi de 36,1%. Já as lesões corporais seguidas de morte subiram 59,4 de 2021 para 2022, tendo saído de cinco para oito.(Maria Clara Estrela)
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