18 de mai. de 2023

Promotora acusa mulher de injúria racial, em caso de 'racismo reverso', no Paraná


No Paraná, a promotora Cláudia Rodrigues de Morais Piovezan, do Ministério Público (MPPR), entrou com um recurso acusando uma mulher de injúria racial por insultar uma pessoa branca.

A situação, conhecida como 'racismo reverso', teria ocorrido após uma discussão de uma mãe de uma aluna com a diretoria da escola da filha. Na ocasião, a mulher teria chamado a diretora de "pálida", "pálida azeda" e "branca". 

A promotora argumentou que a mãe da criança utilizou um tom depreciativo durante a fala, em frases como: 'você está zombando de mim, sua pessoa pálida?' e 'você vai ver, sua pessoa pálida, você terá o que merece'.

Em análise do caso, o Tribunal de Justiça do Paraná absolveu a mulher da acusação de racismo e alegou que, devido ao fato de a carga histórica de perseguição e escravização ser direcionada apenas à população negra, esse tipo de crime não ocorre com pessoas brancas.

Além disso, a Corte também alegou que a diretora não parece ter se sentido ofendida com as declarações

Por meio de nota enviada ao Correio Braziliense, o Ministério Público do Paraná comentou o caso e disse não reconhecer o recurso.

"No caso em questão, a despeito do recurso interposto pela promotora de Justiça em primeiro grau – cuja manifestação não representa a posição institucional sobre o tema – o Ministério Público do Paraná, por meio do 2º Grupo Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça, manifestou-se no processo, em segundo grau de Jurisdição, pelo não reconhecimento do recurso", destacou o MPPR, em nota.

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