“Ninguém vai admitir que um presidente, por conta de injustiça, seja tornado inelegível. Vai facilitar muito o trabalho da oposição se acontecer essa injustiça, mas espero que não aconteça”, disse Ciro Nogueira na entrevista a O Globo.
Com um vínculo forte ao ex-presidente, Ciro Nogueira considerou que Bolsonaro errou em declarações sobre “muitas coisas”.
Em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo, o ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos falcões do Centrão, admitiu que seu ex-chefe sequer será candidato a presidente, apontando como nome da direita ao Planalto os governadores Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Para Nogueira, o sobrenome Bolsonaro pode estar numa chapa presidencial com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como candidata a vice. E outros nomes na direita para concorrer poderiam ser, na avaliação dele, os da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e Ratinho Junior, governador do Paraná.
Ainda assim, o ex-ministro disse que garante o apoio do seu partido, o PP, a Bolsonaro “ou quem ele apoiar”.
Contudo, ao ser indagado sobre quem poderá liderar a direita caso Bolsonaro fique inelegível, o senador piauiense afirmou considerar “mais fácil um Bolsonaro injustiçado eleger um presidente do que ele próprio ganhar em 2026”.
“Bolsonaro falou muita coisa que poderia ter evitado na época em que era presidente. Só que ele não mexia com a vida das pessoas”, disse.
Ciro minimiza a questão das joias entregues a Bolsonaro pela ditadura da Arábia Saudita. Para ele, trata-se de “uma narrativa, uma cortina de fumaça” e por essa razão diz esperar que “a investigação seja feita da forma correta, esclarecendo os fatos e sem criar falsas narrativas para atacar um homem de bem. Graças a Deus, as pessoas conhecem a simplicidade do capitão Bolsonaro. Isso não cola.”.
Sobre a declaração de Bolsonaro sobre não liderar a oposição ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Nogueira disse a O Globo que “isso não é opção dele. Ele vai liderar o processo, não tenha dúvida. Se não quer ser candidato ainda, é decisão dele, ninguém vai exigir isso. Mas só quem pode liderar o processo até lá é ele.”
Fonte: O Globo
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