Durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal de Parnaíba, no dia 7 de março, os vereadores receberam, a convite de Carlson Pessoa, o chefe da unidade estadual do IBGE-Pi, Leonardo Santana Passos, para esclarecimentos acerca do último censo populacional da cidade.
Na ocasião do convite, Carlson questionou sobre o baixo crescimento populacional retratado pelas pesquisas, dado que contrasta com o visto por ele nas ruas.
Na Casa do Povo, em resposta, Leonardo citou a importância dos dados do Censo e explicou sobre a sensação de subnotificação observada.
"É muito comum a gente ver e ouvir muitas demandas do tipo 'meu município cresceu muito do ponto de vista habitacional e só cresceu isso na população?'. Mas é um fenômeno bem observado, em que as famílias estão tendo menos filhos e as famílias que estão sendo constituídas agora, enquanto décadas atrás nós observávamos uma média superior a 4 pessoas por domicílio ,como em 2000 aqui em Parnaíba.", explanou ele.
"Uma coisa bastante comum que a gente ouve também é a seguinte: 'não fui recenseado' , e aí a gente faz uma parte aqui para explicar uma questão metodológica. Às vezes, a pessoa não é entrevistada, mas ainda assim ela é recenseada. Isso porque o IBGE precisa que tenha uma pessoa no domicílio apta a prestar as informações. Então, é muito comum que ,por exemplo, o esposo responda o censo e, às vezes a esposa nem toma conhecimento. Ou por vezes um filho que possa prestar aquelas informações... Então, muitas das demandas que a gente recebe de pessoas que dizem não terem sido recenseadas, quando nós checamos, muitos deles já foram.", acrescentou.
"E um ponto que a gente traz também, são os moradores ausentes. Sabemos que a dinâmica demográfica tem mudado, os hábitos de vida tem mudado, então está cada vez mais difícil a gente encontrar a população em casa.Pela metodologia do IBGE, nós visitamos mais de 4 vezes o domicílio para tentar encontrar essa pessoa em horários alternativos, como no sábado e no domingo. Mas se ainda assim a gente não conseguir entrevistar essa pessoa, ela é retratada como morador ausente, e esses moradores ausentes, o IBGE faz um tratamento estatístico de forma a contar essas pessoas. Por exemplo, aqui em, Parnaíba, nós apresentamos um dado de 163 mil pessoas. No entanto, recenseadas nós temos aproximadamente 155 mil. As outras 8 mil pessoas é de uma técnica estatística para estimar aquela população, que estava nos domicílios com ausência e com recusa.", finalizou.
=
Após a fala de Leonardo, Carlson compreendeu o apresentado e disse:
"As explicações naquele momento nos foram pertinentes até porque os percentuais informados também aqui combinam com o que nós estamos vendo no dia a dia, que mostra claramente, o crescimento acima da média da população de Parnaíba em relação ao país e em relação ao estado do Piauí, fato. Achávamos, como bons parnaibanos e bairristas por natureza que somos, que nos aproximaríamos de 200 mil, e isso nós ja vínhamos falando no dia a dia ,mas vocês foram eficazes nas colocações e sabemos que ,hoje, que por termos uma população circulante acima de 200 mil nos remete a pensar assim.''
Por fim, ele ainda pediu que, após a finalização da análise dos dados, o IBGE os enviasse à Câmara para efeitos de esclarecimentos aos cidadãos.
"Gostaria que essa Câmara recebesse formalmente o relatório do IBGE logo após sua conclusão para que a gente possa disponibilizar aos munícipes.", afirmou ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.