13 de dez. de 2022

Brasil viverá “caos orçamentário” se PEC do Rombo não for aprovada, diz relator do Orçamento

Brasil viverá “caos orçamentário” se PEC do Rombo não for aprovada, diz relator do Orçamento

Texto de Marcelo Castro já considera as despesas que só se tornarão possíveis se o Congresso promulgar a PEC do Rombo, abrindo um espaço fiscal no teto de gastos de cerca de R$ 145 bilhões no Orçamento

Relator do projeto de Orçamento do ano que vem, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) disse, nesta terça-feira (13), que, caso a Câmara dos Deputados não vote a PEC do Rombo ainda neste ano, o país viverá um “caos do ponto de vista orçamentário”.

Segundo o senador, “o país pararia já no primeiro mês do governo Lula” se os deputados adiarem a votação da PEC.

Castro concedeu entrevista coletiva à imprensa para apresentar dados do relatório do projeto de lei orçamentária do ano que vem apresentado por ele na noite de segunda-feira (12).

O texto do emedebista já considera as despesas que só se tornarão possíveis se o Congresso promulgar a PEC do Rombo, abrindo um espaço fiscal no teto de gastos de cerca de R$ 145 bilhões no Orçamento do ano que vem e mais R$ 23 bilhões de investimentos fora do teto.

“Eu não tenho essa segurança [da aprovação], mas eu precisava fazer o meu trabalho, porque o prazo estava expirando. Estou contando que a Câmara vai agir com o mesmo espírito que o Senado agiu, aprovando”, disse ele.

“Sendo aprovada na Câmara, poderemos aprovar o meu relatório. Fiz sob a condicionante de a PEC ser aprovada. Se ela não for, seria um caos do ponto de vista orçamentário, o país pararia já no primeiro mês do governo do Lula”, afirmou o senador.

Castro considerou que “há tempo” para a aprovação de seu relatório do Orçamento mesmo que a Câmara adie para a próxima semana a votação da PEC do Rombo. Em tese, o recesso parlamentar começa no dia 23 de dezembro –mas desde que o Orçamento seja aprovado. Se não for, na prática acontece o que se chama de “recesso branco” –ou seja, um recesso informal.

O relator do Orçamento, porém, considerou que o ideal é que a Câmara dos Deputados analise nesta terça (13) ou na quarta (14) a PEC do Rombo e que a Comissão de Orçamento possa votar o projeto de lei orçamentária na quinta (15).

Há um impasse na Câmara dos Deputados envolvendo o julgamento envolvendo a constitucionalidade das emendas de relator –que, popularmente, ficaram conhecidas como “orçamento secreto”.

A análise das ações sobre o assunto no Supremo Tribunal Federal vem sendo apontada por congressistas como um empecilho para a votação da PEC do Rombo.

Marcelo Castro afirmou que a cúpula do Congresso trabalha em uma solução para atender as demandas por mais transparência, eficiência e impessoalidade na aplicação dos recursos.

A alternativa seria a aprovação de um projeto de resolução que estabeleceria que 80% dos recursos sejam divididos a partir de critérios de proporcionalidade das bancadas partidárias, ficando ainda ressalvados 7,5% para a Mesa Diretora da Câmara, 7,5% para a Mesa Diretora do Senado e 5% para a Comissão Mista de Orçamento.

A proposta ainda não foi formalizada, mas pode ser apresentada e votada ainda nesta semana no Congresso Nacional, segundo Marcelo Castro.

CNN Brasil

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