27 de out. de 2022

THE: quinto suspeito de matar e roubar sargento morre em troca de tiros com a PM

Francisco Ivan Mendes Andrade Júnior, 22 anos, morreu por volta das 1h desta quinta-feira (27/10), após resistir à prisão e trocar tiros com guarnições da Polícia Militar, DIPM e Força Tarefa da Secretaria de Segurança do Piauí (SSP-PI).

Segundo a PM, ele é o quinto suspeito de ter participado do latrocínio contra o sargento André Maia, que ocorreu na madrugada de quarta-feira (26/10), na avenida dos Ipês, bairro Recanto das Palmeiras, Zona Sudeste de Teresina.

Por meio da Diretoria de Inteligência da Polícia Militar, as guarnições receberam informações de que o suspeito estaria homiziado no bairro Deus Quer. As viaturas se deslocaram até o local, onde houve um confronto no qual Francisco foi alvejado e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), porém não resistiu aos ferimentos e morreu.

“É realmente o que atirou no sargento é o que está aqui. [Falaram que ele estava para União], só mentira, estava escondido lá no Deus Quer, ele que foi o mentor da situação do sargento”, disse o cabo Jairo, em entrevista à equipe RP50 de Jornalismo.

Ainda durante a ação, os policiais apreenderam mais uma arma de fogo. Agora são quatro armas apreendidas durante todo o caso, incluindo a pistola que havia sido subtraída e a arma caseira da qual saiu o disparo que ceifou a vida do sargento Maia.

O MORTO

Francisco Ivan já tinha passagem pelo sistema prisional e respondia a dois processos no Tribunal de Justiça do Piauí, onde, inclusive, tramitava um mandado de prisão temporária em aberto contra si pelo crime de homicídio.

Os demais presos e apreendidos também já possuíam passagens pelos presídios e Centro de Internação do Piauí.

O CRIME

O sargento Maia retornava para casa após o término de um plantão, no qual havia participado da Operação Metatron em Teresina. Ele foi abordado pelos suspeitos em dada altura da Avenida dos Ipês, no bairro Recanto das Palmeiras. A dinâmica do homicídio não está totalmente esclarecida, uma vez que a rua estava deserta e não haviam testemunhas no local. Sabe-se que chovia no momento. O corpo do PM caiu próximo ao canteiro da pista e um pouco atrás estava sua motocicleta, que não foi levada pelo(s) criminoso(s).

A equipe RP50 de Jornalismo esteve presente na cena do latrocínio, apurou que seis munições não deflagradas foram encontradas pela avenida e a cerca de cinco metros do corpo foi localizada a mola do carregador da arma do PM, o que faz a perícia supor que o policial pode ter tentado saca-la para atirar quando perseguido, entretanto, pode ter sido alvejado pelo(s) criminoso(s) antes de conseguir empunhar a pistola, assim perdeu força, a arma caiu no chão e o carregador se quebrou espalhando os projéteis pela pista. Como se trata de uma possibilidade, a verdadeira dinâmica será esclarecida ao longo das investigações.

Os peritos informaram à reportagem que Maia foi atingido com um disparo na testa, que o levou a óbito imediato. Sua arma também não foi encontrada na cena, apenas o carregador quebrado, ou seja, foi roubada pelo(s) bandido(s), configurando o latrocínio.

O sargento Maia era lotado no CPM I do Quartel do Comando Geral (QCG) e casado com uma policial militar.

PRISÕES

Por volta do meio dia de quarta-feira (26/10), guarnições da Polícia Militar realizaram a prisão de dois suspeitos e apreensão de dois menores na Vila São Raimundo, por trás do estacionamento da empresa Guanabara e, com eles, apreenderam três armas de fogo, sendo uma a pistola do sargento Maia, que havia sido roubada, um revólver calibre 38 e uma arma caseira utilizada para efetuar o disparo que o matou no latrocínio durante a madrugada na avenida dos Ipês, Zona Sudeste de Teresina.

As prisões foram realizadas por equipes da Diretoria de Inteligência, Tático Operacional Rodoviário, Força Tarefa e Força Estadual de Segurança Pública do Piauí. Os suspeitos foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento e depois ingressarem no sistema penitenciário.

O SALVADOR

Em 2018, o PM salvou a vida de uma criança no município de União, quando ainda era soldado e estava lotado no 16° Batalhão de Polícia Militar, que cobre aquela região. O garoto, à época, contava três anos de idade, estava engasgado com um pirulito e já sem respirar, quando foi salvo pelas mãos do policial Maia.

No momento da ocorrência, o PM André Maia agiu rapidamente e utilizou a manobra de Heimlich, uma técnica para desengasgar crianças, na qual as mãos sãos usadas para exercer forte pressão no músculo do diafragma que, pela compressão dos pulmões, induz uma tosse artificial, um movimento que expulsa o que estiver obstruindo a respiração.

 

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