Além do próprio Lula (PT), há outro grande vitorioso nas eleições presidenciais de 2022: o Instituto Paraná Pesquisas.
Foi o único a acertar “na mosca” a vitória apertada do candidato petista, bem, ao contrário das demais empresas concorrentes, que erraram feio tanto quanto no primeiro turno.
O último levantamento nacional realizado pelo Paraná Pesquisas, antes da votação em segundo turno, foi divulgado no Diário do Poder na manhã deste sábado (29), indicando que Lula teria 50,4% dos votos válidos e a contagem dos votos totalizou 50,8%, diferença de apenas 0,4 ponto.
Já a votação de Bolsonaro, correspondente a 49,1%, esteve meio ponto abaixo dos 49,6% previstos pelo Paraná Pesquisas na véspera da votação, revelando uma margem de acerto nunca vista em eleições presidenciais.
A comparação é muito desfavorável aos demais institutos de uma espécie de “consórcio” em que um confirma os números do outro.
O vexame de cada um
O MDA, por exemplo, foi o que mais se aproximou do resultados das urnas e dos números imbatíveis do Paraná Pesquisas, ao prever 51,1% a 48,9%.
Já o Datafolha bancada uma vitória de Lula equivalente a 52% a 48% para o atual presidente.
O Ipec, ex-Ibope, que mudou de nome após os vexames protagonizados na eleição de 2018, cravou a “previsão” na última pesquisa divulgada pelos seus parceiros do Grupo Globo: 54% para Lula, 46% para Bolsonaro.
Outro a dar vexame foi o Ipespe, cravando 53% a 47%, mesmos percentuais do Atlas, que mandou bem no primeiro turno e escorregou no tomate no segundo turno, e dois novatos, o Quaest e o PoderData.
Contratada pelo Banco Modal, a Futura Inteligência pagou mico, prevendo a vitória de Bolsonaro por 50,3% a 49,7%. deu o contrário. E o Brasmarket errou feio outra vez, como no primeiro turno, desta vez apontando Bolsonaro vencendo por 53,6% a 46,4%.
Ataques injustos
O Paraná Pesquisas foi o instituto mais atacado por jornalistas ligados ou torcedores do PT e até por jornalões como a Folha de S. Paulo, que, proprietária do Datafolha, publicou reportagem tentando desqualificar o concorrente.
O especialista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisa, fez um desabafo na noite deste domingo (3), durante entrevista à Rádio Bandeirantes. Ele lembrou que o jornal mencionou suposto contrato de a empresa com o governo federal, a fim de desqualificar suas pesquisas e por em dúvida seus resultados, “mas não informa aos leitores que o Datafolha tem contratos com o governo de São Paulo”.
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