Juíza que autorizou a ação participou, na manhã desta segunda-feira (12), de uma reunião com as conselheiras tutelares.
A juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Maria Luiza de Moura Mello, informou que a menina de 11 anos, vítima de estupro, que está grávida pela segunda já foi retirada da casa dos pais, onde se encontrava em situação de risco. Ela foi encaminhada para um novo abrigo especializado no atendimento de vítimas de abusos sexuais e gestantes.
A juíza participou, na manhã desta segunda-feira (12), de uma reunião com as conselheiras tutelares da zona Sudeste da capital, Teresina, que estão acompanhando o caso.
II Conselho Tutelar de Teresina, no Dirceu Arcoverde, Zona Sudeste (Foto: Lucas Marreiros) |
Voltar a estudar
De acordo com a conselheira tutelar Renata Bezerra, a vítima quer interromper a gestação e voltar a estudar. O pai da garota concordou com a realização do procedimento de aborto, mas ainda é necessário a autorização da mãe.
“Nessa situação, ela deu o sinal de que queria [o aborto], mas quando chegou em casa, que a mãe ‘bateu o pé’ que não, ela ficou calada, não disse mais nem que sim, nem que não”, disse a conselheira, que também informou que a menina parou de ir à escola quando descobriu a primeira gravidez, aos 10 anos.
No momento, o Conselho Tutelar aguarda um parecer do Ministério Público. “Tudo é judicializado. Não sabemos como eles vão opinar. Enquanto isso, nossa preocupação é que ela e o filho fiquem em um abrigo”, pontuou Renata.
A menina já estava se preparando para voltar aos estudos, sendo esse um grande desejo, quando descobriu a gestação. “Ela estava sonhando em retornar para a sala de aula e recebeu essa notícia de estar grávida novamente. Ela estava fazendo planos para estudar, trabalhar e criar seu primeiro filho”, contou.
Defensoria Pública do Estado do Piauí
A Defensoria Pública do Estado do Piauí afirmou, nesta segunda-feira (12), que o Núcleo Cível Especializado de Defesa da Criança e do Adolescente (NUCIDECA) foi procurado para tratar o caso de menina de 11 anos que engravidou pela segunda vez após ter sido vítima de estupro. Conselheiras tutelares, que acompanham a situação, foram as responsáveis por buscar o órgão.
Em nota, a Defensoria Pública informou que as conselheiras prestaram informações e entregaram documentos para que, assim, possa ser analisado o caso e sejam adotadas todas as medidas cabíveis.
“O caso é de extrema gravidade, o que demanda uma análise cuidadosa dos fatos, visando à integridade da menor, assim como reitera que está atenta e disponível para atuar, buscando a garantia de direitos para seu público assistido”, diz trecho do comunicado.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte: Clube News
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