5 de jun. de 2022

Natural de Parnaíba, poeta Diego Mendes fala sobre vida e poesia para o Portal Piauí Hoje


Diego Mendes SousaFoto: Jairo Nunes Leocádio

Na matéria especial dessa semana do Portal Piauí Hoje, vamos conhecer um pouco da história de um poeta piauiense, natural de Parnaíba, Diego Mendes Sousa. Neste ano de 2022, Diego acaba de lançar sua décima primeira obra, intitulada como Rosa Numinosa. Ele conta como se tornou um poeta e como foi seu processo de construção que começou na infância.

Segundo Diego, a paixão pelas letras surgiu de vários fatores, do local onde morava e também da sua avó.“Cresci nessa atmosfera lírica, cercado pelos horizontes selvagens das xananas e dos livros. Aprendi desde cedo a amar a linguagem e a preservar o bom português, porque tive uma mestra dentro de casa, a minha avó. Ela era assídua leitora, sabia poemas de cor e declamava-os. De modo que este seu neto foi despertado para o universo mágico das artes. Sempre fui introspectivo e pensador. Sabia que seria um escritor, porque íntimo da caneta e do papel. Passei a ler os grandes romancistas como Victor Hugo, Alexandre Dumas, Thomas Mann, Eça de Queiroz, Machado de Assis, que se fizeram particulares. E descobri os poetas. Ai nunca mais fui o mesmo! Achei a minha vocação e me ofertei a esse mistério dos tempos que somente a palavra consegue expressar: a intuição”, disse.

O poeta ainda conta como faz para produzir seus poemas e diz que não possui nenhum método, mas que prefere ser conduzido pela inspiração. Além disso, ele também produz ensaios e crônicas. “Sou arrastado pela inspiração. Gosto do nume, da celebração divinizada, da escuta interior. Minha literatura perpassa pela dor universal. Meus temas são siderais: tempo, agonia, crueldade, desespero, miséria, solidão, dentre outras coisas que arrebatam o coração humano. Escrevo a esperar o destino. Não será o acaso o estranhamento absoluto da vidência? Opero sim com a inteligência e sei o momento exato de trazer a lume o meu confessionalismo estético. Produzo muito, não somente poemas, mas também ensaios e crônicas. Sou um memorialista infalível”, pontua.

Livro de Poesias
 

Sobre a mensagem que as obras podem levar para o leitor, ele explica. “Quero simplesmente comover o meu leitor. Tocar o labirinto da sua alma e dizer do fluido mágico que atravessa as noites perdidas nos tempos com os seus oásis deslumbrantes e sonhadores”, disse.

E por fim Diego fala sobre os dias atuais, como as poesias podem gerar o interesse nos leitores, principalmente no público jovem em meio a tanta tecnologia.

 A tecnologia é uma aliada no processo de renovação do mundo. Espero sinceramente, que a juventude de hoje encontre nessa ferramenta um caminho extraordinário para alimentar a cultura, pois precisa ser acessada em sua positividade. A tecnologia permitiu que as fronteiras fossem ultrapassadas. Não sou estatístico, não sei mensurar a intensidade do interesse dos jovens nas letras, ou melhor, o interesse para o hábito da leitura. Sei apenas que tenho muitos leitores nessa faixa etária, por ser a poesia a primeira manifestação que povoa a visão humanitária. Sei disso, porque fui jovem um dia. Sei também que a educação de qualquer pessoa deve iniciar-se pela poesia. É o que diz a sabedoria milenar dos orientais”, finaliza.

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