O número de testes para diagnóstico da covid-19 e o índice de positividade voltaram a subir no Brasil. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Segundo a Associação, na semana entre 25 de abril e 1 º de maio, houve uma variação de 26% de testes positivos. Já entre 9 e 15 de maio o índice chegou a 40%.
“O que a gente tem percebido na Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica é uma retomada do aumento do número de testes para a covid. A gente não chega ainda perto dos picos de exames que a gente teve durante as primeiras ondas da covid, mas tinha tido sim uma redução maior e agora já volta a ter um aumento tanto no número de testes quanto na positividade destes testes”, informou o médico patologista, Alex Galoro, coordenador do comitê de análises clínicas da Abramed, em entrevista à TV Cidade Verde.
Segundo ele, ainda não há motivo para alarde, mas os números já mostram que a circulação do vírus voltou a aumentar.
“Isso já é uma realidade. A gente já está tendo um aumento no número de casos. Ainda não é tão alarmante quanto as ondas anteriores, a chegada da Omicron, mas mostra que a circulação está voltando”, declarou.
Uma das causas apontadas para o aumento da positividade é a falta do complemento da vacinação contra a covid.
“Tem o prazo de 6 meses de imunidade, tanto pela vacinação como a própria infecção pela covid. Após esse prazo pode levar a uma reinfecção. Temos novas cepas identificadas. A própria Argentina está tendo um aumento de casos. A gente ainda não tem uma situação alarmante, mas é importante para lembrar que a pandemia ainda não acabou e a gente precisa manter os cuidados”, alerta.
Piauí é exemplo
Galoro comentou ainda a situação do Piauí, onde os casos da doença e os óbitos caíram a praticamente zero. Em maio, por exemplo, foram registrados até agora 38 casos de covid-19 e 4 óbitos.
“O Piauí tem sido um exemplo para o Brasil em relação a adesão à vacinação. Isso faz com que você diminua a circulação do vírus e com isso os níveis caem para todo mundo. Os outros estados podem aprender com o que foi feito aí”, finalizou.
Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com
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