Passada a janela partidária e com o período eleitoral se aproximando, as disputas nos estados começam a ganhar contornos mais nítidos. Dos 16 governadores que irão tentar se reeleger em 2022, nove têm afinidade com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e devem oferecer palanque a ele.
Além de ter garantido espaço em estados com grandes colégios eleitorais, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, o presidente também tem apoio distribuído pelas regiões do país e, mais importante: distribuiu aliados por vários partidos.
Desde o início das articulações pela reeleição, três siglas do Centrão que ganharam cargos no governo nos últimos anos se colocaram no barco de Bolsonaro: o próprio PL, o Republicanos e o PP. Para além dessa tríade, Bolsonaro captou também apoios em siglas que têm adotado certa independência na atual gestão, como MDB, PSD e União Brasil (decorrente da recente fusão entre PSL e DEM).
Políticos que pretendem disputar a reeleição aos cargos que já ocupam não precisam se desincompatibilizar. A legislação eleitoral só exige isso se o cargo a ser disputado for diferente do ocupado. Com isso, os postulantes à reeleição contam com a máquina estadual nas mãos e maior exposição pública que os concorrentes.
Veja quem são os pré-candidatos à reeleição próximos de Bolsonaro:
- Acre: Gladson Cameli (PP)
- Amazonas: Wilson Lima (União Brasil)
- Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB)
- Minas Gerais: Romeu Zema (Novo)
- Paraná: Ratinho Júnior (PSD)
- Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL)
- Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil)
- Roraima: Antonio Denarium (PP)
- Santa Catarina: Carlos Moisés (Republicanos)
Em Rondônia, o senador Marcos Rogério — que ficou especialmente conhecido pela defesa enfática do governo na CPI da Covid — se filiou ao PL para disputar o Palácio Rio Madeira. Esse é um dos estados em que Bolsonaro pode enfrentar “bolas divididas”, com palanques duplos.
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